NOTA: Sim, me perdi nos dias da semana de novo. Perdão.
Estou mudando os rumos da história já que ela está incompleta e tenho liberdade pra isso. Será dividido em três partes. Ja ja entramos na segunda, que tem um pouco mais suspense.
Margot freiou em frente sua residência, olhando de canto para a entrada. Seus olhos estavam inchados, vermelhos e um pouco vidrados. Seu coração estava acelerado e ela queria chorar novamente. Se sentia tão culpada por ter cedido ao desejo de seu corpo novamente, ela se sentia tão suja e depravada. O pior de todos os seres humanos.
Fechou a porta do carro com força, apoiando a testa sobre o metal emborrachado gelado do carro e pensando no que diria se alguém estivesse acordado, mesmo que fosse tão tarde da noite. Ela não queria lidar com ninguém, não queria falar com ninguém. Já se sentia tão envergonhada por aquilo, e deixar alguém vê-la daquela forma era ainda mais humilhante, mas não de uma forma boa.
Ela mancou e cambaleou até a porta do hall, uma das chaves do molho em suas mãos foi empurrada contra a fechadura, errando o buraco muitas vezes, mas acertando no final. Ela girou a maçaneta e entrou, fechando a porta e caminhando pela sala. Margot se apoiou contra a parede mais próxima, sentindo os músculos de suas pernas doerem e suas nádegas queimarem com o mínimo movimento que fazia. Respirou profundamente, tomando coragem para subir as escadas.
Antes que desse o primeiro passo o abajur da sala foi ligado, a assustando. Engoliu seco ao ver a silhueta feminina se levantar do sofá e vir em sua direção.
— M-Margot, onde você estava? — Angelina indagou chorosa, pegando as mãos de Margot.
— Fale baixo, Angelina. — rebateu sem muita paciência e sem sua típica polidez.
— Você passou a tarde fora, e agora já são uma da manhã. Você nunca ficou fora até tão tarde, ainda mais sem companhia. — Angelina disse com incredulidade. — Achei que houvesse acontecido algo. — sua voz tremeu e ela fungou, secando o nariz e passando a mão pelos cabelos nervosamente.
Margot moveu seus olhos estreitos e cansados até a mulher, olhando-a com pena.
— Desculpe. Amanhã conversamos, An. — suspirou, afastando suas mãos das dela, e ameaçando subir as escadas. — Vou me deitar, boa noite. — antes que desse o primeiro passo uma dor excruciante cortou sua perna e subiu por sua nádega direita, fazendo-a ofegar de dor e quase perder o equilíbrio.
Angelina a segurou e manteve suas mãos nelas. Seus lábios foram prensados quando sua mente pareceu ligar os pontos.
— Foi se encontrar com Carole? — Angelina indagou devagar com a voz trêmula e teve sua confirmação quando Margot suspirou alto. — Foi se encontrar com Carole mesmo sabendo que ela está apenas abusando dos seus problemas, Margot?
— Não é da sua conta! — rebateu com a fala embolada e olhos zonzos. Ela parecia irritada e melancólica, empurrando as mãos de Angelina.
— Não é da minha conta? — Angelina resmungou indignada, torcendo sua face em pura frustração. — Você sabe o mal que ela te fez-
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Cítrico | Lésbico
Mystery / ThrillerCecília se vê numa corda bamba quando começa a servir como empregada na mansão Rousselot. Seus serviços foram contratados pela rica e viúva Margot; uma antiga paixão que a assombra desde a adolescência. Enquanto tem de engolir o rancor que nutre po...