𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐃𝐄𝐙

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NOTA: Gente, desculpa a demora. Tava fritando bolinho e só agora vi o horário. Bom, o capitulo ta simples mas cheio de informações valiosas!

Se atentem a tudo e boa leitura!

Angelina estava podando pacientemente as rosas do jardim

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Angelina estava podando pacientemente as rosas do jardim. Estava ajoelhada no chão, com luvas de jardinagem e um tesoura. Ela cortava os espinhos pacientemente, trazendo uma rosa até a ponta do nariz e cheirando com carinho.

Era o cheiro de Margot.

A empregada sorriu. Mesmo que não gostasse tanto daquela tarefa, ela ainda apreciava já que se sentia próxima de Margot, onde quer que a outra mulher estivesse.

Mas se lembrar de Margot naquele momento a deixava triste já que ela estava presa a cama em meio ao sono profundo. Angelina odiava dopá-la, mas Cecília parecia não entender. A loira secou o suor em sua testa com o antebraço, suspirando e encarando o céu ensolarado. Se Cecília tivesse visto o que ela viu, não seria tão negativa.

A empregada ainda tinha a memória pregada no fundo de sua cabeça, como um alerta. Foi a muitos anos atrás, o dia era idêntico ao de hoje. Sol. Angelina conhecia Margot a poucos meses, mas seu coração já palpitava quando via a mulher – que na época não passava de uma garota –. Adorava fazer companhia, cuidar de seus cabelos e principalmente ajudá-la no banho.

Mas Angelina se lembrava que Margot estava muito tristonha naquele dia, cabisbaixa e com olheiras. Não havia comido muito na noite anterior e também teve uma discussão com Alexander, o que lhe rendeu uma bela marca no braço. Ninguém viu o que aconteceu, mas todos ouviram um barulho alto vindo do andar de cima. Assumiram então que algo havia sido arremessado.

Naquele dia Angelina estava ocupada com os afazeres excessivos da mansão e não se deu conta de quando Margot saiu da mansão, caminhando sobre grama até os fundos.

Angelina carregava um pesado cesto de roupas sujas em suas mãos e caminhava pelo corredor do segundo andar. Ela parou em frente a uma enorme janela, conseguindo ver de lá onde Margot estava e o que fazia. Angelina pousou o cesto no chão e sorriu ao vê-la caminhar sobre as flores, indo até o rio onde Alexander gostava de pescar. Mas Margot não carregava nada em suas mãos que indicasse que ela iria praticar pesca, apenas um pequeno papel que Angelina não conseguia enxergar direito.

A empregada voltou a pegar o cesto em mãos e andar pelo corredor, ainda buscando por Margot em cada uma das janelas que passava. Na segunda janela a mulher caminhava sobre o píer lentamente. Na terceira ela olhava discretamente para os lados. E na quarta, num piscar de olhos, ela já não estava mais lá. Angelina franziu as sobrancelhas com confusão e curiosidade, piscando repetidas vezes e parando de caminhar na quinta janela. Seus olhos correram por todos os lados em busca da mulher, mas o que encontrou foi um curto movimento da água em frente ao píer.

Margot era uma bomba-relógio. E naquele píer, sob o sol de abril, ela explodiu.

[...]

Cecília massageou os ombros de Margot calmamente, seus polegares se esfregaram contra as omoplatas salientes e Margot suspirou baixo. Cecília corou discretamente quando viu a pele da mulher se arrepiar sob seus dedos e seus pelos loiros se eriçarem.

Cítrico | LésbicoOnde histórias criam vida. Descubra agora