Cítrico | Lésbico

𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐕𝐈𝐍𝐓𝐄 𝐄 𝐍𝐎𝐕𝐄

NOTA: EAEEE GALERA!! Voltei! O capítulo está curto, mas o próximo já está praticamente pronto. O capítulo trinta sai em mais ou menos uma semana.

TheLawr tá surpresa, mo? 💅🤭😘😘😘😘. Olha aqui essa att linda só pra você não duvidar mais de mim 💅💅💅💅. E o próximo vai sair ainda mais rápido graças a você 💅💅💅.

PS: Leiam as notas finais, por favor!

É isso, galera! Boa leitura!

[...]

Cecília suspirou. Por algum motivo estava nervosa, isso não era comum, mas estava. Suas mãos estavam suando e seu coração estava acelerado. Ela assistia às chamas consumirem a madeira, iluminando parte da escuridão do quarto. Seus joelhos estavam começando a doer já que estava ajoelhada naquela mesma posição a certo tempo, esperando pela viúva.

Ouviu o ranger suave da porta e os passos silenciosos, até que sentiu uma presença ao seu lado. Encarou Margot, que sorria docemente. Seus olhos estavam avermelhados, úmidos e inchados.

Ela se ajoelhou ao lado de Cecília e fungou baixo, pousando a caixa no chão.

— Você demorou. — Cecília comentou, parecendo sem jeito com o silêncio entre elas.

— É, eu tive dificuldade em encontrar a caixa. — riu baixo arrastando o pulso por seu nariz e secando a coriza dali.

Cecília assistiu Margot abrir a caixa com oito fitas e algumas fotos. Cada pequeno rolo continha um pedacinho do passado de Margot; um passado sombrio e obscuro que tentava esconder de todos a qualquer custo. Cecília tentou não imaginar o conteúdo detalhado daqueles filmes e fotografias, mas sua mente a traiu, como sempre.

Arrastou seu olhar para as chamas novamente, pensando que assim como o fogo consumia os galhos, seus pensamentos estavam a engolindo e a levando a um lugar que não queria estar.

— Quer começar? — indagou baixo, levando a mão ao ombro da viúva e o apertando suavemente. Margot assentiu, pegando um dos rolos e jogando-o entre as chamas da lareira.

A empregada ouviu Margot fungar baixo, no momento seguinte o ambiente foi preenchido pelo choro o soluçar baixo da viúva. Assistiu silenciosa e respeitosamente Margot queimar cada um dos fragmentos do passado. Viu uma das fotografias queimar, os fios longos e loiros de Margot e suas pérolas se dissolviam nas chamas como se nunca houvessem existido.

— Acho que acabamos. — Margot comentou baixo, com sua voz oscilando. Pousou a cabeça sobre o ombro de Cecília, encarando as chamas fortes.

— Se sente melhor? — a empregada indagou.

— Sim. — assentiu, repuxando os cantos dos lábios com tristeza. — Isso não vai apagar as coisas que aconteceram, mas acho que... pode ser só uma sombra do meu passado.

Cecília queria dizer algo... As chantagens, os maus hábitos, os assassinatos, os relacionamentos ruins que ela manteve... Nada daquilo parecia real, parecia um enredo de livro. E por ser real, Cecília gostaria de dizer o quão corajosa ela era. O quão decida e madura havia se tornado desde quando se conheceram. Ela queria se abrir, se declarar e dizer tudo que corria por sua cabeça enquanto Margot a encarava com lágrimas nos olhos.

Mas Cecília apenas repuxou os cantos dos lábios, deslizando o polegar dobrado pela bochecha de Margot e secando o rastro de lágrima.

Elas se conheciam tão bem, mas tão bem, que Margot soube tudo que Cecília queria dizer apenas pelo seu toque. Aquele carinho era algo que Cecília fazia ainda quando estudavam juntas...

— Eu também te amo, Cecília... — disse confiante com um sorriso meigo, esfregando seu rosto contra a mão da empregada.

Cecília sentiu seu coração falhar em seu peito. Seu instinto a mandava se afastar, repelir Margot como se possuísse uma doença contagiosa, ela repetia para si mesma que deveria sair do quarto e fingir que os últimos minutos não existiram.

Porém uma parte de Cecília, aquela que ela escondia no fundo de seu peito e rezava para que Margot repetisse aquelas palavras. Os olhos arregalados de Cecília e seus lábios entreabertos expressavam sua surpresa e sua reciprocidade... Por um momento, um minúsculo momento, Cecília decidiu ceder àquilo que arrebentava seu peito desde o primeiro dia que pisou na mansão.

Levou sua mão direita aos cabelos de Margot, afagando sua orelha e seus fios ondulados com carinho. Sua outra mão se arrastou para a face macia de Margot, esfregando seu polegar por sua pálpebra e bochecha.

Cecília aproximou seu rosto do de Margot, encarando seus olhos escuros pela última vez antes de selar suas bocas com calma. Margot puxou Cecília pelos ombros com delicadeza, fazendo a empregada se deitar no chão junto dela.

Elas passaram mais alguns momentos se beijando, trocando carícias e dizendo palavras doces uma à outra. Mesmo que Cecília não houvesse retribuído as três palavras de Margot, as duas sabiam o que Cecília gostaria de ter dito...

[...]

NOTA: Ai, meu coraçãozinho de batata doce. Não aguento essas duas se amando e se lovezando e se apaixonando silenciosamente. <3

Gente, não sei se receberam a notificação, mas criei um livro de desenhos. Estou de comissões abertas e lá estão todos meus desenhos, como um portfólio. Lá estão preços, tipos de desenhos e assim por diante!

Eu faço desenhos para capas de livros, personagens de livros, fanarts e assim por diante!

Obrigada pela atenção e até a próxima att! <3