Cecília se vê numa corda bamba quando começa a servir como empregada na mansão Rousselot. Seus serviços foram contratados pela rica e viúva Margot; uma antiga paixão que a assombra desde a adolescência.
Enquanto tem de engolir o rancor que nutre po...
Eae gostaro? HEHEHE. Espero que gostem do capitulo, votem aí e comentem bastante ok? Vou responder todos quando estiver livre.
Alguns capitulos tem passagens do presente pro passado e eu não aviso quando eles vem, vocês terão que prestar atenção na leitura pra não se perderem. Acho que existe uma quebra na narração quando há um aviso explicito de passado.
É isso, boa leitura!
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— Cecília, por que está com essa cara? — Margot perguntou bebericando seu chá calmamente. Seus olhos escuros encararam a empregada com curiosidade.
Cecília por sua vez deu de ombros, olhando para Angelina de canto. A garota loira estava radiante. Encarou Margot novamente. A face pálida e suave contrastava com seu rosto se contorcendo em prazer horas atrás. Assim como sua voz serena se contrastava com os gemidos agudos e melódicos da noite passada.
— Tive apenas uma noite ruim. Insônia.
— Sinto muito. Tente tomar algum chá antes de dormir, funciona comigo. — completou sorrindo.
Cecília se segurou para não revirar os olhos. Ela sabia porque Margot dormia tão bem e qual chá tomava para ter uma ótima noite de sono.
— Angelina, pegue um pouco de manteiga para mim.
Angelina assentiu, saindo do cômodo.
Cecília estreitou os olhos suavemente sobre Margot. Ela parecia sequer se lembrar do que aconteceu na madrugada... A empregada engoliu seco, abaixando seus olhos com vergonha. Era difícil admitir a si mesma que Margot tinha um caso com uma das empregadas, ainda mais quando se tratava de Angelina. Cecília viu Angelina voltar para o cômodo poucos minutos depois e entregar o pequeno pote de manteiga a mulher.
Ela não deveria estar irritada já que quem rejeitou alguém na noite anterior foi ela. Mas saber que em poucos minutos Margot já estava se deitando com outra empregada... era revoltante. Cecília conseguia sentir o desejo de Angelina por Margot fluir por seu corpo, era quase como uma aura...
A empregada loira mordeu discretamente o canto de seu lábio ao ver os lábios finos de Margot serem lubrificados pela manteiga junto da torrada. Era desejo em sua forma mais crua.
— Gosta de beijar, Cecília? — Margot indagou. Seu olhar jovem e cheio de astúcia fazia o coração de Cecília bater descontrolado no peito. Aqueles olhos estreitos, aquele sorriso provocante, e aquela voz mansa... Margot era um compilado de todas as fraquezas de Cecília, e ela parecia saber disso já que provocava a mais nova constantemente.
Cecília se encolheu, fechando seu livro e encarando a grama verde do jardim. Suas bochechas esquentaram e se avermelharam gradativamente. Ela não queria dizer a Margot que não sabia beijar, muito menos que nunca havia beijado ninguém. Cecília soube que a pergunta não era apenas curiosidade, e sim um convite quando Margot pousou a mão magra em seu joelho, olhando para Cecília com desejo. Por isso ela estapeou levemente a mão da garota, afastando-a e se levantou.
