𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐕𝐈𝐍𝐓𝐄 𝐄 𝐓𝐑𝐄𝐒

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NOTA: É isso, cheguei depois de sei lá quantas semanas. Perdão pela demora, galera. Tenho trabalhado num projeto pessoal com meu namorado, estamos planejando algo grande e por isso a demora. O que faço ocupa meu dia inteiro, quando acabo só quero descansar e vegetar. 

Vamos lá! Obrigada pelos votos, comentários e views. Eu vejo tudo que vocês fazem e comentam aqui no livro. Obrigada por não desistirem de mim!

Boa leitura!

Simone tossiu baixo, sentindo a poeira da grama bater contra seu rosto e por isso tossiu ainda mais

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Simone tossiu baixo, sentindo a poeira da grama bater contra seu rosto e por isso tossiu ainda mais. Revirou os olhos se xingando mentalmente. Ouviu os grilos e cigarras voltarem a berrar nos arbustos e árvores próximas dela, isso a irritou ainda mais. Estava ali a quase três horas e a única coisa que havia conseguido capturar era a entrada da casa. A lua estava linda, mas o conforto de seu sofá era ainda melhor.

Ofegou ao que viu um carro verde escuro ultrapassar a entrada da casa calmamente. As duas estavam sérias, a loira encarava a paisagem prestes a adormecer. Simone se abaixou mais um pouco, com medo que alguém pudesse vê-la naquela situação.

Bem, xeretar era uma coisa, invasão a residências era outra. Xeretando você leva uns tapas e empurrões, no pior dos casos tem sua câmera quebrada. Invadindo uma casa você poderia levar um tiro — já que o estado permitia uso de armas para proteção de residência —, e no melhor dos casos ser preso.

Mas Simone era ardilosa e corajosa, achava que se no fim da noite ela estivesse com a cabeça presa no pescoço aquilo já estava de bom tamanho...

Cecília e Margot entraram na casa, coisa que não passou despercebida pela câmera de Simone. Notou que Margot parecia transtornada e principalmente cansada, Cecília estava da mesma forma, mas possuía certa paz em suas feições.

O alarme de relógio de pulso começou a tocar e ela se assustou, soltando sua câmera e segurando o relógio para que ele parasse com o barulho esganiçado. O coração de Simone saltou acelerou e ela prendeu sua respiração a fim de se acalmar, ou teria um ataque de fúria contra seu relógio. Quando o objeto se silenciou Simone suspirou aliviada.

O som do motor do carro acabou abafando o do relógio.

Aquele era o alarme para tomar seu remédio. Havia novamente saído sem ele. Sua consciência a mandava voltar para casa imediatamente e engolir os remédios junto de um bom gole d'água, mas seu coração dizia que ela aguentaria mais algumas horas.

Ela estava errada já que a principal regra dos anticonvulsivos era tomá-los na hora correta. Sem atrasos ou desculpas.

A repórter voltou seu olhar para a lente da câmera, encarando a entrada da casa, mas já estava totalmente deserta. Suspirou, sentindo sua cabeça doer. Seus sentidos não estavam mais aguçados graças ao terrível cansaço, por isso os passos sedosos sobre a grama fina passaram despercebidos por seus ouvidos.

Cítrico | LésbicoOnde histórias criam vida. Descubra agora