𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐓𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀

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NOTA: Voltei! Não vou me alongar aqui, apenas espero que gostem do capitulo e leiam as notas finais, ok?

Se encontrarem qualquer erro me avisem!

Obrigada pela leitura!

Margot acordou relativamente tarde

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Margot acordou relativamente tarde. Ou cedo. Arregalou os olhos e massageou as pálpebra. Havia adormecido no sofá novamente. Aquilo estava se tornando mais rotineiro do que deveria. Seus olhos correram pelo cômodo, percebendo a residência completamente escura a não ser pela luz que vazava por entre as cortinas vindas da escada que davam para o segundo andar.

Margot olhou para o telefone com curiosidade. Esperou por dias pelo telefonema de Carole, Simone ou a polícia. Mas estranhamente nenhum dos três haviam ligado.

Viu um exemplar de Franz Kafka. Ela não se deu o trabalho de ver a capa, aquele era um dos autores preferidos de seu ex-marido. Ele tinha bom gosto então deveria ser minimamente bom.

Observou uma vela derretida pela metade, um cinzeiro com um cigarro quase inteiro dentro dele, junto de uma xícara de café. Não sabia que horas eram mas sabia que devia ser madrugada.

Se levantou do sofá e ao invés de acender as luzes da casa, decidiu que queria algo mais sútil. Por isso, pegou os fósforo que usara para acender o cigarro, e os usou para acender a vela que estava na mesinha de centro.

Caído ao chão viu um jornal enrolado intacto. Era o do dia anterior. Ela sempre abria o jornal esperando uma grande reviravolta em toda essa intriga que estava tramando junto de Cecília e as outras garotas, mas nunca havia nada de interessante. Pelo menos até aquele momento.

Margot cortou seu bocejo, segurando sua boca ao máximo e a fechando vagarosamente enquanto seus olhos se abriam de forma assustadora. Engoliu seco ao ver na página principal do jornal uma foto da entrada da casa de Carole. "Estaria chegando seu reinado... ao fim?", leu baixinho.

Margot arrastou a bunda até o outro lado do sofá, tirando o telefone do gancho e discando com dificuldade o número – já que a vela não os iluminava com eficiência – da residência de Simone. Depois de minutos de espera, a linha foi conectada com a da mulher.

— Simone, onde você está? — indagou tampando um dos ouvidos para ouvir a resposta.

— Margot? Boa noite para você também. — revirou os olhos do outro lado da linha. – Estou num bar com amigos. Posso saber o porquê do interesse repentino? Vocês não entram em contato comigo a quase um mês...

— Quinze dias! Simone, eu acabei de acordar e vi o jornal. Você... Você publicou as fotos...

— Sim, o que esperava que eu fizesse com elas? Foi nosso acordo, Margot. — riu como se simultaneamente conversasse com outra pessoa.

— Simone, você não avisou que já estava publicando! Pensei que levaria essas provas à polícia, não às manchetes.

— O que? — Simone indagou com sarcasmo. — Margot, um estouro de matéria ocorre quando é algo surpreendente, não quando a polícia fica com todo o crédito...

Cítrico | LésbicoOnde histórias criam vida. Descubra agora