NOTA: E vamos lá! Desculpe o atraso, não foi a intenção. Me embananei com umas coisas e não pude postar o capitulo, mas aqui estamos nós. Essa semana sai um novo capitulo surpresa, talvez na quinta feira de novo, ok?
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Boa leitura!
Cecília suspirou, sentindo seu coração gelar. Ela estava diante de Margot Rousselot. Não parece grande coisa no primeiro momento, mas quando você vê seu sorriso, os cabelos ou o seu charme... acontece o que aconteceu com Cecília.
As batidas erradas, as pernas moles e os calafrios eram apenas alguns dos efeitos colaterais do olhar hipnotizante da loira.
— O que está olhando, garota? — Margot resmungou mal humorada tirando o cigarro da boca e soprando a fumaça para cima.
Cecília do outro lado do terraço prensou os lábios encarou seus pés, tomando coragem.
— Por que não se aproxima? Tem medo que eu te empurre da borda? Acha que eu sou louca como dizem por aí? — Margot indagou sorrindo de canto e arqueando as sobrancelhas. — Você é mais uma deficiente que enfiaram aqui ou só é tímida?
— Não tenho medo que me empurre, só não gosto de cigarros. — disse baixo, coçando sua nuca. — E também não sou deficiente. — revirou os olhos.
— Então, o que está fazendo aqui? Não me recordo de ter te convidado. — resmungou apagando o cigarro contra a beirada.
— Soube do que aconteceu com sua tia. — Cecília disse com timidez. — O luto também foi complicado para mim quando meu avô morreu.
— Não é da sua conta e também não estou de luto. Pessoas morrem, é normal. Ela está num lugar melhor agora... é isso que ensinam nessa porcaria de internato, não é?
Cecília pode sentir certa irritação na voz dela, e soube que na verdade era tristeza quando os lábios finos de Margot tremeram suavemente e ela esfregou o pulso no nariz.
— O que ainda está fazendo aqui, garota? Você não tem que rezar ou fazer alguma coisa? Me deixe em paz.
— Você não parece gostar de conversar muito. — Cecília disse baixo. — Aqui, tome. — ela enfiou a mão em sua bolsa e retirou de lá uma grossa caderneta azul, oferecendo a Margot. — Eu geralmente escrevo quando não quero falar com ninguém.
— Não preciso da sua piedade. — resmungou empurrando de volta para Cecília.
Cecília por sua vez deu de ombro, se encolhendo diante da garota que era bem mais alta que ela.
— Todos precisam de um momento sozinhos, mas você está só a muito tempo... Vou deixar aqui caso mude de ideia. — disse pondo o caderno sobre a beirada.
Margot assistiu Cecília ir embora. Apagou seu cigarro contra a borda e suspirou indo até o caderno, olhando com curiosidade. Era realmente bonito. Azul escuro, capa dura e sem pauta. Margot aproximou o nariz das folhas, inalando o típico cheiro de folhas velhas. Mas não era ruim, ela estranhamente gostava.
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Cítrico | Lésbico
Misteri / ThrillerCecília se vê numa corda bamba quando começa a servir como empregada na mansão Rousselot. Seus serviços foram contratados pela rica e viúva Margot; uma antiga paixão que a assombra desde a adolescência. Enquanto tem de engolir o rancor que nutre po...