Cecília se vê numa corda bamba quando começa a servir como empregada na mansão Rousselot. Seus serviços foram contratados pela rica e viúva Margot; uma antiga paixão que a assombra desde a adolescência.
Enquanto tem de engolir o rancor que nutre po...
Já aviso que, daqui pra frente não tenho capítulos completos no word, apenas retalhos que vou ter que complementar, por isso não garanto que as atts serão nos mesmos dias que combinamos. Vou me esforçar pra terminar o livro, mas vocês terão que ser pacientes.
Por favor, não abandonem o livro. Caso precisem de espaço, arquivem o livro, assim quando ele voltar a ter att ele volta pra sua biblioteca automaticamente.
Obrigada e boa leitura.
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— Acha que foi um engano eu vir parar aqui, Margot? — chamou-a pelo primeiro nome, ignorando o termo respeitoso que sempre usava. E aquilo obviamente refletiu nas feições de Margot, já que seu rosto se retorceu de surpresa. — Acha que eu cometo erros? Tente pensar...
Os lábios finos e rosados da senhora se abriram e fecharam, balbuciando sua resposta para aquela pergunta. Eu não faço ideia, ela quis dizer, mas sua voz não saia.
— É... É sério? — Margot indagou baixinho, quase sussurrando, cheia esperança e ansiedade. Seus olhos negros corriam soltos pelo rosto de Cecília, a procura de algum sinal de mentira.
— Você me disse uma vez que acreditava em destino. Ele me trouxe até você, Margot... — disse carinhosa, beijando os dedos da mulher. — Talvez para consertarmos nossos erros passados, essa pode ser nossa segunda chance.
Parecia impossível mas os olhos de Margot se arregalaram ainda mais com a última frase de Cecília. Saber que não foi a única a sentir saudades e ser esmagada pela ausência da amante... aquilo era inédito para Margot. Seu coração batia tão rápido quanto o de um beija-flor e seus lábios tremiam.
— Eu passei quase dez anos pensando que você me odiava. Pensei que não me queria mais.
— Você errou querida... — Cecília disse selando seus lábios contra os de Margot carinhosamente.
Margot abriu seus olhos de supetão, erguendo seu tronco na cama e olhando em volta. Sua visão estava embaçada e o cômodo escuro, mas pela silhueta dos móveis ela soube que estava em seu quarto, um lugar supostamente seguro. Ignorou a dor em seu corpo e arrastou sua mão por seu rosto, retirando o rastro de saliva que havia escorrendo por sua boca direto para o travesseiro.
— Pensei que estivesse em coma. — Cecília disse com um sorriso de canto. — Bom dia, senhora.
— Bom dia, Cecília. — Margot murmurou com as sobrancelhas franzidas e o coração ainda batendo forte. — O-O que faz aqui? Onde está Angelina?
— Ela obviamente não quer te ver. — Cecília deu de ombros.
— Eu disse algo ontem? Não me lembro de quase nada. Me recordo de chegar na mansão de carro, minha cabeça estava girando e... nós discutimos?
— Ela ficou chateada por você ir se encontrar com Carole. Como eu já disse, ela tem sentimentos.
Margot se remexeu na cama, olhando para seu colo de forma culpada.
