𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐎𝐍𝐙𝐄

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NOTA: OIII! Eae meus amores, como estão? Como tá sendo a quarentena de vocês? A minha tá razoavelmente boa, espero que de vocês também.

Espero que gostem do capitulo, beijinhos!

Espero que gostem do capitulo, beijinhos!

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— Eleonor disse que esse tipo de amor... — Cecília engoliu seco, prensando os lábios — ela disse que é um tipo de amor depravado, sujo. Disse que esse sentimento entre duas garotas é errado e que gera punição.

— E você acreditou? — Margot arqueou as sobrancelhas loiras e riu. — Eu sei o que sinto por você, Cecília, e não é depravado, é muito mais que puro. Acredito que aquela velha sequer sabia o que é amar, do contrário ela não diria essas coisas. — beijou os dedos finos de Cecília com carinho. — É impossível que Deus nos puna por sentirmos algo tão bom.

— Mas eu ainda tenho medo. — Cecília engoliu seco. — Mesmo que no final aja punição por fogo, temo o que também possa acontecer aqui na Terra.

— Como assim, querida?

— E se... alguém descobrir sobre nós duas? — remexeu seus dedos sobre seu colo nervosamente. — E-E se de alguma forma tudo ir pelos ares? Consegue imaginar o que aconteceria com a gente?

— Consigo, mas não se preocupe. Nada acontecerá.

— Promete? — Cecília indagou com as sobrancelhas franzidas e os lábios trêmulos.

— Eu prometo, querida. Ninguém vai descobrir. — murmurou selando seus lábios contra os de Cecília.

Mas foi exatamente o que aconteceu meses depois.

Agora, Cecília tocou seus lábios com as pontas dos dedos, tentando recordar da sensação. Fazia tanto tempo, ela obviamente já não se lembrava mais como era tocar os lábios de Margot com os seus. Os olhos de Cecília correram pelo rosto sereno adormecido da viúva, alcançando seus lábios rosados e entreabertos.

Ela se aproximou da cama, se sentando na beirada e encarando a mulher adormecida fixamente e com curiosidade. Cecília se dobrou suavemente sobre Margot, observando seus traços com mais afinco.

Cecília percebeu que ela realmente não havia mudado muito. Havia o corte de cabelo, a pele pálida e talvez os típicos olhos inchados de uma mulher com a mente perturbada pela ansiedade e angústia, mas... Cecília ainda conseguia enxergar a essência de Margot. Aquela coisa pura e viciante que só ela possuía.

Cecília se deu conta que quanto mais olhava, mais queria olhar. Se antes ela estava apenas curiosa, agora ela queria mergulhar os dedos entre os fios dourados. Se ela já quis em algum momento esfregar seus polegares sobre as bochechas coradas agora ela quer mordê-las carinhosamente. Se ela já quis algum dia beijar aquela boca macia, agora ela queria prender aqueles lábios entre seus dentes e saborear sua língua...

Os olhos de Margot se abriram sonolentos. Ela suspirou e massageou o rosto, olhando na direção da porta.

— Cecília, bom dia. — murmurou se erguendo na cama e bocejando. Sorriu pequeno para a empregada que estava parada diante da porta, olhando para o chão.

Cítrico | LésbicoOnde histórias criam vida. Descubra agora