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Me ajude a sair deste inferno
Seu amor me levanta como o hélio
Seu amor me levanta quando estou para baixo,
para baixo
Quando eu acerto o chão
Você é tudo que eu preciso
...
E se você soltar eu flutuarei ao redor do sol
Eu sou forte porque você me preenche
Mas quando o medo vem e lentamente caio no chão
Eu sou sortuda porque você estar por perto.
(Sia - Helim)

𝙷𝙴𝙻𝙴𝙽𝙰

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𝙷𝙴𝙻𝙴𝙽𝙰

Acordar pela manhã e olhar para o seu marido adormecido ao seu lado era uma sensação indescritível. Não dava para acreditar que aquilo estava realmente acontecendo. Foram tantos meses esperando por aquilo, sonhando acordar um dia nos braços fortes de Ettore que era difícil de acreditar.

Helena se permitiu ficar ali por mais tempo, em silêncio, apenas acariciando com as pontas dos dedos o rosto de seu marido, este parecia tão cansado, mesmo dormindo o seu semblante não parecia relaxado e era perturbador pensar em tudo que ele deveria ter passado.

Era um milagre que ela estivesse ali, que todos estivessem bem. Que não tivesse outra em seu lugar, que seu marido demonstrasse os seus sentimentos, fosse uma versão carinhosa que jamais imaginou ser possível. Como se estivesse com outro homem.

A mulher quebrou a pequena barreira que existia entre o casal para beijar o seu rosto, cada pedacinho dele, diversas vezes. Como se aquele ato de carinho pudesse acabar com todo o caos que sabia existir ali. Ettore se mexeu e sorriu, incentivando Helena a continuar.

Um momento como aquele deveria ser aproveitado, aquela maré de paz que Helena torcia para que se perdurasse por um longo tempo e ainda mais com a breve chegada de sua filha. Não queria fugir e nem trazer ao mundo a garotinha no meio de uma guerra, queria e merecia um pouco de tranquilidade pelo menos na sua maternidade.

─ Bom dia, boneca. ─ Ettore foi quem rompeu o silêncio, puxando a mão de Helena para depositar um beijo em sua palma. ─ Dormiu bem?

Helena sorriu, negando com a cabeça. Ouvir uma pergunta daquela era completamente diferente, ele nunca se importou antes.

─ Eu até dormi, ma

─ Mas? Precisa de alguma coisa? Está se sentindo mal? É a menina? ─ Ettore a interrompeu.

O sorriso se alargou ainda mais até se tornar uma risada.

─ Não. No entanto, a reta final da gravidez é mais difícil. Não encontro uma posição boa na cama e tudo parece doer. Eu amo a nossa filha, mas está cada dia mais difícil. ─ Helena tentava segurar o riso enquanto explicava.

Ettore fez uma careta.

─ Acha que atrapalhei você? Você está acostumada a dormir sozi

Helena se esticou na cama e beijou rapidamente os lábios do marido. Foi a forma que pensou para fazê-lo ficar quieto. Não era nada daquelas besteiras.

Giostra - Máfia Siciliana (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora