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Todos os membros expressivos estavam reunidos naquela sala, que tinha se tornado pequena pela grande quantidade de homens engravatados

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Todos os membros expressivos estavam reunidos naquela sala, que tinha se tornado pequena pela grande quantidade de homens engravatados. Cada um com uma expressão diferente, temerosos com o que estava por vir.

Os membros mais antigos já tinham lidado com os russos, mas no passado, quando o acordo foi selado. Mas tudo tinha mudado, eram novos tempos.

― O maldito do Volkov foi visto em Palermo. Como todos já sabem. Andrei está circulando pela cidade, conversando livremente, formando laços.  ― Leonel foi o primeiro a se pronunciar, deixando claro as cartas na mesa. ― Se ele está aqui, só pode estar preparando o terreno para chegada de Vladimir.

― E só fomos avisados sobre isso agora? Nossas famílias estão em risco e só nos avisam agora? ― Matteo se revoltou, incrédulo por estar achando que foi passado para trás, quando na verdade todos estavam no mesmo barco.

Não demorou até que um pequeno murmúrio, um falatório generalizado fosse formado dentro na casa, para a ira de ambos os Bertinelli.

Se os Volkov estariam na cidade não era contra Matteo ou contra qualquer outro associada, era contra Leonel, contra Etorre. Os que davam as ordens dentro de Giostra.

Os cabeças daquela famiglia que verdadeiramente estavam dispostos a dar o próprio sangue se aquilo fosse garantir que a Giostra se mantivesse girando, em seus dias de glória.

― Isso não foi um segredo, nada estava sendo escondido de vocês. ― Pela primeira vez em anos o consigliere, Lorenzo D'Angellis disse algo racional, tentando controlar os nervos. Sem impulsionar a ira ainda mais. ― Não é o momento para brigarmos, de ficarmos uns contra os outros.

― Assim que foi confirmada a presença de Andrei na cidade, liguei para cada um de vocês para que fossem informados.

Augusto também se esforçou para tentar acalmar os homens, porque nunca houve uma negação. Ambos os Bertinelli demoraram para saber que Andrei estava na cidade.

Demoraram para tomar uma posição, demoraram em trazer respostas.

― Mas acima de tudo, não estão aqui para serem apenas informados. Precisamos decidir o que faremos, se eles não fizeram nada e levando em conta que Andrei está andando por aí livremente, eles querem que nós sabíamos e que tomemos a iniciativa. ― Leonel começou a explicar, pois muitos ali presentes pareciam não entender a real situação.

― E qual atitude o senhor espera que tenhamos? ― Apesar da baixa significância, Antonio Albizzi, um colaborar, que parecia perdido, perguntou despretensioso. ― Não podemos simplesmente pegá-lo e pronto?

― Burro. ― Ettore murmurou de onde estava sentado, perdendo a sua oportunidade de ficar calado.

― O que disse? ― Antônio se virou para Ettore.

Assim como grande parte dos olhares que se voltaram para si, como se algo de errado tivesse sido falado pelo herdeiro da Giostra.

Antônio era burro, a ideia que tinha dado era burra. As coisas não funcionavam naquele jeito, como se fosse um passe de mágicas que é apenas estalar os dedos e tudo já estaria resolvido.

Giostra - Máfia Siciliana (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora