48

5.7K 389 48
                                    

Quase dois meses tinham se passado desde que Helena tinha ganhado alta do hospital

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Quase dois meses tinham se passado desde que Helena tinha ganhado alta do hospital. Graziela teve que ficar em observação por mais algum tempo, tinha nascido antes do tempo e por isso pesava menos do que deveria e como forma de garantir que tudo ficaria bem ganhou alta uma semana depois.

Ettore estava começando a notar o quanto a maternidade era pesada. Helena quase não dormia, se estressava e com isso não conseguia produzir leite o bastante para satisfazer Graziela, e por isso fazia até o impossível para ajudar a esposa.

Para que ela conseguisse descansar os turnos da noite era ele quem cuidava da filha, era aquele período que ela mais ficava acordada. Os olhos abertos, ainda nublados e em tom cinza enquanto sorria abertamente mostrando a gengiva vazia.

Aquilo não era apenas ajuda, era garantia que tudo ficaria bem. Que nada de errado iria acontecer, mas nada nunca estava em paz, uma estranha movimentação estava começando e Ettore podia sentir a cada vez que estava próximo de sua filha. Que sua luta não tinha chegado ao fim, e aquilo indicava que jamais teria fim.

― Sua paz, chefe, acaba de chegar ao fim. Isso se teve alguma paz. ― Guillermo resmungou e estendeu o celular para Ettore. ― Só teve um tempo para respirar.

Dante para dar explicação ao que era falado, depositou na mesa uma resta, um jornal e o celular aberto mostrando várias "janelas" que estavam em aberto. Todos mostrando a mesma noticia, era a foto de sua filha enquanto ela dormia na cadeirinha, em sua sala.                           

Mas de tudo, tinha algo que realmente chamava a sua atenção. Reconheceu o lugar da foto e lembrou-se daquele dia, mas não conseguia lembrar de todos as pessoas que estavam presentes. Sua filha estava em casa há duas semanas e naquele dia Ettore tinha feito um almoço para mostrar a primeira filha, como lei.

― Dessa vez o pegamos! — Bertinelli declarou, estava convicto, como sempre.

— Tem que ter um ponto solto. — Fabrizio se pronunciou. — Foi um almoço fechado, não tinham muitas pessoas e todas eram conhecidas, e foram testadas.

— Façam uma lista, separem pessoas como Augusto e Gabriel que já provaram serem de confiança e façam de novo o teste. — Ettore ordem e apontou para Guillermo e depois para Dante. — Contem disso. É a última missão, façam até mesmo o impossível para achar esse anjo, pretendo cortar suas asas de uma vez por todas.

Ele já tinha falado demais, a polícia e

departamento de justiça não paravam de ligar em busca de um depoimento, estava se cercando de inúmeros advogados para não precisar falar e só falaria se fosse obrigado.

— Como Helena está? — Fabrizio mudou drasticamente de assunto. — Primeiro o pai e agora a irmã, ela estava grávida e o bebê nem teve uma chance. O sangue inocente derramado.

— Ela parece bem, se sente como se fosse um bebê pelo outro. Salvamos Graziela e foi melhor assim.

Não era um bebê pelo outro, mas diante da gravidade do ato de Helen e pela crueldade de Ettore ele não poupou nem a vida daquele ser inocente. Ele não se colocou no lugar dela e acabou com qualquer possível chance de retaliação. No mesmo dia que sua menina veio ao mundo, ele tirou do mundo a menina de alguém que esperava "uma menina" também.

Giostra - Máfia Siciliana (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora