Diabo. Foi assim que Ettore Bertinelli passou a ser chamado por aqueles que tinham suas vidas em uma balança e uma vez que ele achasse que alguém estivesse errado ou pensasse que algo está errado, ele ia à caça. Eliminando de forma impiedosa quem es...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Tudo o que tinha sobrado da elite eram: Augusto e Gabriel. Nada mais tinha sido fiel, na oportunidade e pelo medo que a coroa pudesse cair um a um caiu fora antes, próprios planos, próprias ambições, mas que um a um caírem. Como a promessa, na iniciação, feito a santa; queimados até que fossem resumidos a cinzas.
Agora todos estavam reunidos na casa de Augusto. A única exceção era Lucrécia, Fabrizio tinha sido cuidadoso de mandar sua irmã para longe, talvez por ter conhecimento que Ettore não era o cara que perdoava duas vezes, e aquela tapa foi o primeiro aviso.
Vivienne também estava presente, assim como Dante e Bento. Eram o futuro, junto do passado.
Ettore estava pensativo, um cigarro entre os dedos e a fumaça deixando os seus lábios. Certamente estava arrependido de encher o pulmão com aquela porcaria, mas estava se sentindo ansioso, aquele foi o jeito que encontrou para controlar as sensações estranhas em seu corpo.
Sua esposa logo estaria em casa novamente. Assim como a sua filha. Era perturbadora a ideia que diante tudo o que fez nos últimos meses em nome de sua família fosse tão cruel e sanguinário, como poderia ser digno de pegar sua filha, de acariciar o ventre de sua esposa, sabendo que aquelas mãos já causaram tanta dor?
O prazo de duas semanas que deu a Guillermo terminava em quatro dias. Era incrível ter a sensação de alívio de que tudo terminou e que Helena estaria perto de si, que poderia olhar para ela, ouvir a sua voz, sentir o calor de seus braços.
― Conseguimos acabar com todos aqueles que tentaram contra nós. ― Ettore prestou atenção no que Augusto começava a dizer, tentando esquecer seus pensamentos angustiantes. ― Mostramos força, fomos leais a nossas leis e não fizemos vista grossa.
Aquilo tudo era verdade, sem vista grossa, sem perdão ou misericórdia, mas no meio de tudo aquilo ainda restava um nome que levantava dúvidas e incertezas, mas que aparentemente era inocente: Pietro D'Angellis.
Obviamente ele estava cortado daquela reunião, desconfiava profundamente dele, mas ele ainda não tinha se mostrado merecedor daquela desconfiança.
Ainda não estava pronto para declarar que estava errado em sua desconfiança, a fruta jamais cai longe do pé. Lorenzo traiu, Helen conspirou com seu marido mesmo que de forma indireta, e Pietro estava simplesmente limpo?
― Descobrimos uma rede inteira contaminada. Soldados, chefes e associados. Do mais baixo cargo ao maior. ― Gabriel deu continuidade.
Não foram apenas Mauro, Lorenzo, Giuseppe, Matteo, Antonio e Massimiliano a traírem a coroa. Outros soldados como Tizianno, que servia diretamente Helena, que vendia as informações que ouvia na mansão.
― Alguns de nós ficaram pelo caminho. Sucumbiram confiando na inconsistência do novo Don. O período de transição sempre é marcado por intensas conspirações. O que fizemos é história. ― Augusto estava a frente por estar naquele meio a quarenta anos. Eram longos anos na Giostra, vivendo constantes crises.
