12 parte 2

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Droga!

Rolou os olhos, bufando.

Afinal, o homem estava mesmo certo. Não tinha como sair daquela mansão ser se arrastada de volta.

Dentre todos os homens, tinha um imbecil em especial que sempre estava nas suas sombras, ela sabia, só não dava importância, que ele deveria ser um dos seguranças que iria a arrastar. O que cuidaria de sua segurança quando Ettore estivesse no banco.

Ela preferiu ficar andando pela casa, não queria pagar para ver se a ameaça era mesmo real ou só para colocar medo. Afinal, o homem que estava em sua cola tinha uma expressão assustadora.

Quando entrou no quarto, ela teve a ideia de mudar por completo o lugar. Tudo era em tons claros, era o branco misturado ao cinza. Mesmo que fosse a cara do homem toda aquela frieza, no fundo ela só queria incomodar Ettore. Queria mostrar que ela não iria abaixar a cabeça tão fácil.

― Você sabe se tem lençóis vermelhos? Eu adoraria algumas almofadas vermelhas também. Um tapete felpudo, com certeza. Você poderia arrumar uma mesa de vidro, totalmente transparente, certo?

Era quase palpável o entusiasmo de Helena, a mulher sorria de orelha a orelha, esquecendo que aquele espaço não era seu. Também sabia que detalhes, algumas peças em vermelho, trariam harmonia ao ambiente.

A ideia de tornar o quarto masculinizado mais feminino e mais leve deixou as empregadas assustadas. Que lhe olhavam com pavor.

― Mas, senhora... Eu não tenho permissão... E..

Helena tratou de ignorar o que Maria, a governanta, começava a dizer. Se Ettore queria ser o bastardo mandão, ela iria desafia-lo. Mostrar que era tão capaz quanto ele para infernizar a vida de alguém.

― Agora você tem permissão, eu te dou a minha. Afinal, esse quarto agora também é meu. Relaxe e me arrume às coisas que te pedi. Ele vai gostar disso. É quente.

Maria parecia deslocada, talvez por estar travando um impasse entre obedecer às ordens do patrão ou de sua esposa. No entanto os sorrisos de Helena transmitiam a confiança que ela precisava para ceder aos caprichos da mulher. Ele não tinha deixado nada explicito sobre o quarto, então obedecer à esposa do patrão foi a escolha certa a se tomar.

***

Ettore viu as horas passarem tão rápido que nunca odiou tanto o fato de precisar voltar para casa. Tinha se ocupado ao máximo com os trabalhos dentro do banco e os da Giostra. Se preocupando até com aquilo que ontem era julgado como inútil.

E tudo apenas piorou depois de encontrar com seu pai, foi odioso ver o sorrisinho do velho, impondo milhares de regras no casamento. Até como ele deveria tratar Helena virou pauta na conversa.

Giostra - Máfia Siciliana (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora