Diabo. Foi assim que Ettore Bertinelli passou a ser chamado por aqueles que tinham suas vidas em uma balança e uma vez que ele achasse que alguém estivesse errado ou pensasse que algo está errado, ele ia à caça. Eliminando de forma impiedosa quem es...
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Soltou o ar preso de seus pulmões lentamente.
Helena estava calma demais por fora. Lidando com aquele dia com tranquilidade.
Olhou-se no espelho a procura de algum defeito, pois que mesmo que tentasse demonstrar que estava sobre controle, não estava. Seu coração batia tão rápido que o ouvia em seus ouvidos.
Era, enfim, o grande dia.
Passou as mãos pelo vestido, tento certeza que estava tudo certo. Foi impossível não reparar no diamante escuro em seu dedo, em poucas horas aquele anel teria a companhia de uma aliança e naquele segundo se perguntou se realmente queria aquilo.
Mesmo que não houvesse outra opção, ela desejou que tivesse. Foi impossível não sentir medo, ela estava saindo de casa para os braços de um desconhecido. Ela não sabia nada sobre o homem.
O frio na barriga logo retornou, quando se viu colocando a tiara que faltava.
― Você está linda!
Sua irmã comentou a abraçando por trás. Sorrindo minimamente, enquanto a olhava pelo espelho.
― Eu sei.
― Mas?
― Nada, Helen. É só o nervosismo. Eu sinceramente espero não sentir isso de novo.
― A minha menina vai se casar! Estou tão orgulhosa de você, minha boneca.
A mãe se aproximou das meninas e puxou Helena dos braços de Helen, puxando para si. A mulher se sentiu acolhida dentro daqueles braços quentes e protetores, mas escondeu a pontada de tristeza que sentiu.
Só porque estava se casando a mãe sentiu orgulho dela, em tantas coisas que Helena tinha feito nunca tinha escutado aquelas palavras da mãe; então, se antes havia dúvidas se estava fazendo o certo, agora já não tinha mais.
― Eu sei o quanto isso é importante para você e para o papai. Prometo não decepcionar vocês.
Quando se soltou da mãe já tinha feito sua escolha de ir até o final. Agora que faltava pouco não iria desistir.
***
A catedral da cidade seria o palco do maior casamento do século. Sicília era tão pacata que com certeza aquele casamento ficaria na memória de muitos por um longo tempo.
Era a união de duas poderosas casas. Era a mensagem que ele queria passar. Que quando tomasse o lugar do pai estaria forte.
Chegava a ser absurdo a quantidade de convidados presentes. Todos ali sabiam que não era o casamento de pessoas que se amavam, assim como sabiam o que cada um fazia. Mas ainda existiam pessoas normais que circulavam ali, misturadas e alheias ao perigo.
