Diabo. Foi assim que Ettore Bertinelli passou a ser chamado por aqueles que tinham suas vidas em uma balança e uma vez que ele achasse que alguém estivesse errado ou pensasse que algo está errado, ele ia à caça. Eliminando de forma impiedosa quem es...
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— Enquanto você estava no paraíso, Andrei veio até mim. — Fabrizio comentou assim que entraram no escritório. — Vladimir quer ver você, conversar pacificamente.
Ettore deu uma pequena risadinha.
— Ele tem uma coragem que me admira. Traz a guerra até mim e agora quer conversar pacificamente, patético.
— Andrei pareceu empolgado, parecem querer fazer algum tipo acordo. O que quer que eles tenham, acham que estam em vantagem.
A audácia de alguns homens chegava a ser admirável e, ao mesmo tempo, inacreditável.
— Quebram um acordo com a esperança de fazerem outro? — Ettore murmurou, jogando as cartas na mesa. — Não serei eu a zelar novamente a paz.
— O que vai fazer? Em dois dias eles mandarão um mensageiro com o endereço e a hora.
— Que venha Vladimir, aquele desgraçado vai precisar de mais que isso para me intimidar.
Fabrizio deu um sorriso amarelo.
— Contenha-se. Se ele está marcando esse encontro, ele tem algo interessante para te dizer.
— A resposta será não.
Uma batida na porta, seguida de um licença e uma empregada que entrou no escritório.
— Eles chegaram, senhor.
E tão rápido quanto entrou ela saiu. Ettore e Fabrizio a seguiram até a sala. Estavam presentes: Augusto, Antonio, Lorenzo e Matteo. Todos eles tinham um papel importante. Eles eram o Conselho.
— Primeiro: Helena deve voltar. — Lorenzo começou. — Segundo: você não tem o direito de tirar o herdeiro da cidade.
— São as regras, Etorre. O herdeiro cresce e nasce na Itália. De preferência em Palermo. Ele pertence a essa cidade, foi onde tudo começou. — Matteo surpreendentemente concordou com Lorenzo.
— Vocês sabem que entre nós há un traidor. Sabem que deixar Helena aqui é deixá-la em perigo, a merce de Vladimir e seus homens. ― Ettore respondeu tentando enfatizar o quanto era perigoso que sua esposa ficasse onde tudo começou.
Era arriscado demais manter as regras sob aquelas circunstâncias.
— Por que acredita ter um traidor? ― Antônio perguntou.
— Quem mais saberia que Ettore estava ocupando o lugar do pai senão um de nós? ― Augusto fez a pergunta lógica.
— A melhor forma de manter a senhora Bertinelli segura é aqui. ― Matteo abriu a boca para verbalizar um argumento burro.
— Leonel foi baleado nessa mesma casa, na melhor forma de segurança segundo nosso amigo Matteo. ― Fabrizio comentou. Trazendo para a conversa que não tinha um lugar seguro naquela cidade.
