Ettore soltou o ar preso em seus pulmões no momento em que chegaram à mansão D'Angellis. Travava uma pequena luta interna entre ir embora, ignorar as ordens do pai, ou simplesmente continuar ali, sem deixar transparecer muita coisa.
― Sem gracinhas. São apenas negócios. Seja direto e depois partiremos.Seu pai disse, sem esboçar emoção alguma. Tratava do assunto como se fosse algo simples e sem importância, apenas dando ordens. O Bertinelli mais velho foi o primeiro a sair do carro assim que o motorista abriu a porta.
Atravessaram o pequeno jardim para encontrar Lorenzo D'Angelis, junto de sua esposa, mesmo que de cabeça baixa, totalmente submissa ao marido, os dois estavam sorridentes, quando ofereceram a passagem para os Bertinelli.
― Leonel, Ettore, sejam bem-vindos, espero que aproveitem.
Foi Lorenzo que falou, ponderando as palavras, enquanto parecia pensar no que falar, escondendo a satisfação que brilhava nos olhos de quem acabava de receber um prêmio da loteria.
Entraram na mansão e se acomodaram na enorme sala. Os móveis rústicos, cobertos por jarros com flores. O aroma enjoativo era sentido em toda a extensão da sala, ao mesmo tempo em que era colocado estrategicamente soava exagerado.
Fora os pais da noiva e os homens Bertinelli, o filho mais velho do casal D'Angelis também estava presente. Pietro, o rapaz que emanava frustração.
Uma empregada surgiu, com uma bandeja em mãos, passou servindo aos homens uísque e a mulher um suco.
― Sem cerimônias, Lorenzo. Isso é apenas um jantar, não se preocupe em fazer coisas extravagantes e exageradas. Não ainda.
O Bertinelli mais velho disse, ao saborear o uísque. O homem era mais prático, mesmo que adorasse o luxo sabia que aquele não era o momento de coisas grandes.
― Não é sempre que casamos nossa filha com alguém como o seu filho. Devemos saber, ao menos, recebê-los.
Mais uma vez Ettore notou a satisfação presente na voz do homem, a entonação alegre de quem o via como um passaporte para ter status.
― E quanto a Pietro? Já é tempo de casar-se também, não, garoto?
Enquanto saboreava da bebida mais uma vez, o pai se dirigiu ao homem que estava alheio a conversa, mas todos deveriam concordar que: ele daria um ótimo vigia, com certeza é um observador.
― Sim, meu pai já providenciou. Por pouco não vai haver um casamento duplo, senhor.
Como se aquilo realmente fosse uma oportunidade.
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Giostra - Máfia Siciliana (CONCLUÍDO)
AzioneDiabo. Foi assim que Ettore Bertinelli passou a ser chamado por aqueles que tinham suas vidas em uma balança e uma vez que ele achasse que alguém estivesse errado ou pensasse que algo está errado, ele ia à caça. Eliminando de forma impiedosa quem es...