* Esse capítulo pode conter uma leitura imprópria *
A porta do Bugatti foi aberta, expondo um homem todo de cinza. Até seus pequenos olhos estavam acinzentados. Tudo era impassível. Era difícil dizer o que passava-se em sua cabeça, talvez nem ele soubesse dizer.
A expressão fechada, assumindo uma postura perigosa. Todos os homens que ali estavam presentes sentiam-se impelidos a abaixarem suas cabeças, trazendo o olhar ao chão. Ettore em seus dias nublados trazia mais pavor do que o anúncio da chegada de um furacão.
Nem um soldado ousava olhar nos olhos do homem. Mesmo que fosse Ettore naquele corpo, movendo-se com naturalidade, a alma era fria. Talvez realmente fosse a encarnação do diabo.
Não tinha espaço para questionamentos ou dúvidas, tinha um problema para resolver e resolveria. Sem imprevistos.
Um dos soldados se limitou a sussurrar que o problema estava dentro do galpão, abriu o portão, deixando Ettore passar e o seguiu. Apontando para um homem, Mauro, sentado em uma cadeira bem ao meio do lugar.
O ambiente cheirava a medo e mofo. Era um galpão úmido. Devidamente planejado para que se Ettore mudasse de ideia sobre quem mandaria ao inferno, a pessoa não sairia eleja. Levaria consigo uma grave infecção.
Os passos calculados e expressivos de Ettore foram ouvidos no galpão, fazendo um barulho seco. Ele também ouviu o homem sentado, Mauro, perguntar quem estava ali.
Mauro observou a silhueta do homem que se aproximava, com pavor e desespero. Não sentia partes do seu corpo devido às repressões anteriores. No entanto, sabia que o pior estava por vir ainda.
― Não.. Não me mate.. Por favor. Eu não tive escolha. Não me deram essa opção.
O homem amarrado a cadeira gritou, a voz chorosa, estridente. Em um fino como se buscasse as palavras.
― Cale-se, Pagano, estou com dor de cabeça. Não me faça prolongar nossa conversa. É tão desagrádavel para mim quanto a você, isso eu te garanto.
Ettore se moveu, em meio às sombras de uma iluminação fraca, para se aproximar do homem. Voltando a luz, após tirar o paletó e o colocar aberto no encosto da cadeira, dobrou os braços da blusa social até os cotovelos. Vendo a surpresa estampada nos olhos de Mauro, os olhos estavam grandes, maiores que o normal.
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Giostra - Máfia Siciliana (CONCLUÍDO)
AçãoDiabo. Foi assim que Ettore Bertinelli passou a ser chamado por aqueles que tinham suas vidas em uma balança e uma vez que ele achasse que alguém estivesse errado ou pensasse que algo está errado, ele ia à caça. Eliminando de forma impiedosa quem es...