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O conteúdo do envelope não poderia ser mais revelador e satisfatório que aquele

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O conteúdo do envelope não poderia ser mais revelador e satisfatório que aquele. Tinha fotos de Lorenzo junto de Vladimir e também Lorenzo e Andrei. Era no mesmo lugar que já tinha se encontrado com Vladimir.

Sempre esteve certo daquela informação.

Por isso Lorenzo se empenhou em colocar Helena como a esposa do futuro Don, assim como fez um escândalo sobre o neto. Ele queria ter o domínio da Giostra e se alinhou aos piores inimigos do carrossel.

— Eu mato esse verme com minhas próprias mãos!

— Quem você vai matar? — Fabrizio apareceu na sala seguido de sua irmã, a Lucrécia. — Se passasse em casa para deixar Lu ficaria tarde.

Fabrizio respondeu quando o olhar interrogativo de Ettore recaiu sobre a loira encolhida atrás do irmão.

— Lu — Ettore pronunciou o apelido da mulher, a cumprimentando. O suficiente para que ela saísse das costas de Fabrizio para apertar a mão que Bertinelli ofereceu. — Voltou. Tudo bem?

Fabrizio olhou estranho para aquela cena assim como Dante.

— Sim, Ettore, obrigada por perguntar, e você?

— Bem — ele respondeu e soltou a mão da mulher quando se passou mais tempo que o necessário e ela não tinha soltado. — Poderia esperar no quarto? É a segunda porta à direita.

Bertinelli orientou a fazendo sair e jogou o envelope para Fabrizio.

— O maldito trouxe Vladimir e Andrei para cá — Ettore murmurou. — Eu sempre soube que o bastardo não era de confiança e que só estava esperando o momento de se virar contra mim.

Fabrizio estava surpreso vendo as fotos.

— E não é apenas isso — Dante se pronunciou. — Tem muitas mensagens que consegui decodificar, o único desejo de Lorenzo era que Helena ficasse de fora.

— O que faremos? — Fabrizio perguntou mesmo sabendo que aquela resposta era óbvia: morte.

A promessa que todos os membros faziam: "Que minha carne queime como esta santa se eu falhar em manter meu juramento" e o juramento se tratava de lealdade e fidelidade.

— Não vou matá-lo agora, mandarei Giuseppe vigiá-lo de perto — Ettore informou mesmo que a raiva se contorcesse dentro de si. — Vou dar corda e ver até onde ele se enforca.

— Ele é o seu sogro, vai conseguir fazer o que tem que ser feito na hora que for preciso? — Fabrizio perguntou.

Bertinelli gargalhou.

— Ele é um traidor. Nunca o considerei como parte da família.

Tudo o que seria capaz de fazer era: matar os traidores desta casa. Jamais deixaria passar batido apenas por um falso parentesco. Nunca tinha gostado de Lorenzo e Helena não foi a primeira que pensou quando o assunto casamento se tornou as principais conversas entre Ettore e seu pai.

Giostra - Máfia Siciliana (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora