Diabo. Foi assim que Ettore Bertinelli passou a ser chamado por aqueles que tinham suas vidas em uma balança e uma vez que ele achasse que alguém estivesse errado ou pensasse que algo está errado, ele ia à caça. Eliminando de forma impiedosa quem es...
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― Felicidades ao casal. ― Ettore murmurou por educação ao novo casal. Apertou a mão de Giuseppe e depois de Helen.
― Na medida do possível. ― Helena completou com um sorriso pequeno.
Ettore observou sua esposa dar um abraço apertado na irmã, essa tinha lágrimas contidas nos olhos. Aquelas mesmas lágrimas que Helena tinha no casamento dela, que imploravam que a felicidade entre o casal fosse realmente possível.
― Mesma famiglia. ― Foi Giuseppe que pareceu feliz olhando para o casal Bertinelli. ― Duas vezes como seu pai disse.
Ettore discordava, para ele aquilo não era ser famiglia. Ser famiglia era mais que assinar um papel e ia além do sobrenome também; ainda mais duas vezes.
Era apenas duas vezes desconfiado.
― Uma só. ― Ettore insistiu. ― Apenas a necessária.
Para ser parte da outra era necessário confiança. Uma via de mão dupla e uma das mãos estava fechada
― Irmã, deixe eles. Agora que estamos devidamente casadas temos muito a conversar. Pode me dar alguns conselhos?
Sempre obedeça o idiota de seu marido.
Foi o que Ettore pensou, o conselho que Helena deveria lhe dar. Por hora, permitiu apenas que Helena saísse de suas vistas.
― É bom finalmente ser parte de algo, ainda mais de uma famiglia como essa. Fugimos quando necessário e atacamos quando possível.
Ettore não entendeu o fundamento do raciocínio que Giuseppe seguiu.
O casamento não era fácil. Fazer festa no meio de algo tinha potencial para se tornar devastador também não era fugir.
Era unir forças.
― Não é sobre fugir. É sobre paciência, Giuseppe. É dessa forma que a famiglia age.
― E as esposas, Ettore?
― Por hora, aproveite a festa, você saberá quando será a hora. Acredite, sim.
Ettore deu o assunto por concluído e seguiu até o bar. Encontrou-se com seu velho amigo, Salmo Mengoni, junto de suas duas amigas rotineiras.
― Você por aqui? Não o vejo há muito. ― Ettore deu um meio abraço no amigo de longa data. ― Qual o milagre?
― Quando se tem a oportunidade de chorar por ver uma bela mulher se prendendo e ainda mais com bebida de graça, não tem como perder.
Salmo continuava absolutamente o mesmo, sem tirar e nem pôr. O mesmo homem que mais parecia um garoto vivendo sua puberdade.
Mulheres, mulheres e bebidas. Apenas isso passava por sua cabeça.
― Inacreditável. A vergonha você esqueceu no útero, não?
