Mew Suppasit
O sorriso bobo em meu rosto demonstrava o quão feliz estava. Acho que a última vez em que estive tão feliz assim foi quando minha mãe ainda era viva e eu era uma criança.
As memórias vão se misturando à ideia de que tudo pode acontecer ou se destruir... Contudo, nem mesmo esses pensamentos negativos sobre meu passado me fazem perder o sorriso.
Escutar Nya me chamar de pai foi chocante, admito, mas quando ela o fez foi como se tudo fizesse sentido e fosse certo, se ela me vê como um pai, então tenho um papel muito importante na vida dela.
Não importa se ela não tem meu sangue, é minha filha, meu coração diz isso. Essa pequena me conquistou de tal forma que faz meu coração se encher de alegria. Não só ela, meu companheiro também. Ele está receoso, mas vai me aceitar uma hora ou outra.
Vou dar o espaço que ele precisar, não vou forçar nada, apenas demonstrar o meu amor por ele. Não o quero longe de mim, e talvez isso seja errado, mas não estamos em um período tranquilo, os ataques de vampiros vêm se tornando constantes e uma vez que seus alvos eram crianças, todo cuidado era pouco.
Agora eu tenho uma filha, não vou deixar que toquem em um fio de cabelo da minha Nya.
Olho pelo retrovisor e Gulf estava calado, apesar de parecer responder a filha a todo o momento, consigo notar que meu companheiro não está bem.
- Gulf - chamo por ele colocando a mão em seu joelho. Ele me olha por alguns segundos.
- Papa, o selor ama xanduiche? - Nya pergunta e Gulf suspira como se estivesse aliviado e eu permaneço calado, dando espaço a ele.
- Bem... sim, amo - digo e a menina cruza os braços emburrada e faz bico - O que houve, Nya?
- Naum pode. Papai xo pode amar eu e o Mãpa, papai - ela fala séria e olha para mim tentando parecer ameaçadora. Olho de relance para ela, mas foi o suficiente para que eu soltasse uma gargalhada que a muito tempo não dava.
Eu tô rindo por causa de uma criança que não chega nem na minha cintura, mas é tão fofa que dá vontade de colocá-la em um potinho.
- Naum ri, papai - ela fala.
- Desculpa, meu amor, é que o papai ama sanduíche, mas ama muito mais você e o seu Mãpa - digo e ela logo abre um sorriso satisfeita.
Volto a atenção para a estrada. Gulf realmente morava longe, fora dos limites da cidade e dentro da floresta, mas longe demais da minha casa, numa localização perfeita, porém muito arriscada. Era como se trancar em uma lata e esperar para ser mordido ou comido, ou sei lá o que poderia ter acontecido com eles.
Paro o carro em frente à casa que não era tão grande quanto meu "castelo", mas também não era muito pequena. Thanya pula do carro animada e sai correndo para dentro de casa e eu olho para Gulf.
Por que ele vive tão longe?
Penso em perguntar isso a ele, mas acho que não é o momento. Caminho até Gulf e seguro a mão dele, que me olha agradecido e um soluço escapa de seus lábios, então eu o abraço.
- Está tudo bem - falo e ele me aperta no abraço - Não vou sair do seu lado, meu pandinha.
Ele concorda com a cabeça, respira fundo e faço carinho em seu rosto, ele funga novamente.
- Vamos entrar - ele diz e segura minha mão. Quando entramos na casa, percebo toda a bagunça que está ali.
- Está bem? - pergunto olhando para ele que nega com a cabeça e se afasta de mim, tentando ajeitar as coisas.
- Vou... colocar algumas roupas nas malas - ele fala e sobe as escadas. Eu o sigo observando tudo, e paro em uma estante com várias fotos do Gulf com a Nya e sorrio. Mas meu sorriso logo some quando vejo que numa delas, Gulf tinha uma marca de sangue no formato de um X.
- Que porra? Quem ousa ameaçar o meu amado?! - falo irritado e escuto um grito infantil que faz com que eu corra naquela direção e logo Gulf chega.
- O que houve, lobinha? - Gulf é o primeiro a falar assim que entra no quarto todo destruído da pequena.
- Mãpa, olha o meu quartinho e lasgaram meus desenhos, Mãpa - ela fala e funga, mas estava irritada. Gulf anda até ela e a abraça.
- Tá tudo bem, meu amor, eu vou te ajudar a arrumar tudo e depois vamos fazer novos desenhos - ele fala fazendo carinho no cabelo dela - Meu amor, só não grite novamente, achei que ia morrer.
- Desculpa, Mãpa - ela fala baixinho e Gulf se levanta e segura a mão dela.
- Eu fico com ela - eu digo e ele me olha - Pode terminar o que estava fazendo - ando até Nya e a no colo, ele me olha, suspira concordando com a cabeça e sai do quarto.
- Sabe, o papai vai preparar um grande quarto para você que tal? - pergunto e a menina sorri na hora.
- Sério papai? - ela pergunta e segura meu rosto e eu concordo sorrindo. Saio com ela do quarto, vou até o de Gulf e me sento na cama dele. Seu cheiro me dava arrepios, mas me deixa confortável e feliz.
Será que ele aceitaria ficar no meu quarto?
- Gulf - chamo enquanto ele fecha a mala e olha para mim. Noto que naquele espaço de tempo ele tinha arrumado três malas.
- Vamos voltar pra sua casa - ele diz e sai do quarto levando as malas consigo.
- Mãpa tá tlistinho - Nya fala e eu suspiro me levantando, ainda segurando-a no colo - Dô beijinho nele pla curar ele, papai.
- Tá bom - sorrio e me encaminho pra onde Gulf estava e respiro fundo.
- Gulf, tem algo que gostaria de me dizer? - pergunto e ele me olha.
- Quando chegarmos em casa eu falo - Gulf conclui, se aproxima de mim e tira a Nya dos meus braços e entra no carro. Respiro fundo e coloco as malas no carro.
Vou pedir ao Cir para mandar alguém aqui para investigar tudo. Preciso saber de tudo e ter certeza de que isso não vai se repetir...
Tenho que proteger minha família.
🐺🐺🐺🐺🐺🐺🐺🐺🐺🐺🐺🐺🐺
Oiieee gente como vocês estão ?
Aqui está mais um capítulo espero que todos estejam gostando
Tô tão feliz que estão gostando sério muito feliz mesmo
Bom até o próximo capítulo beijosss
revisado/betado por;
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O Supremo E O ômega
WerewolfREVISADO/BETADO POR @sunshine_jmy ( livro 1- concluído) ( Livro 2- concluído ) Mew Suppasit é um Supremo Alfa Lupos líder, mais que tem um humor terrível, viciado em sanduíches e mal humorado Gulf Kanawut, um Ômega Lupos cabeça quente mais que ama...