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Mild

Em toda minha vida nunca aconteceu nada que fosse visto como especial, ela sempre foi tranquila

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Em toda minha vida nunca aconteceu nada que fosse visto como especial, ela sempre foi tranquila. Quando conheci Gulf tínhamos sete anos, eu sempre sofri por ser muito besta, mas Gulf sempre me protegeu e sempre disse que seríamos melhores amigos.

Desde aquele dia Gulf sempre me ajudou quando eu mais precisava. Então, quando ele matou praticamente uma matilha inteira para salvar uma pequena menina eu não vi problema em retribuir o favor. Eu o ajudei a fugir.

E quando estava fugindo eu o conheci. O Cir. Ele cuidou tão bem de mim, me tratou como se eu fosse uma peça rara. Nunca brigamos, ele sempre me aceitou como eu sou.

Nesse mesmo período eu conheci Mew, nunca imaginei que seria amigo do Supremo alfa que odeia todos ao seu redor, mas tinha Cir como seu braço direito. Ele nunca foi de falar muito, nunca foi de se importar com o que acontecia ao seu redor. Muitos empregados morreram em sua casa, então eu passei a ir lá, até que engravidei.

Não pude gerar o meu bebê já que não sou um ômega lúpus, meu corpo não aguentou, não fui forte o bastante e perdi meu bebê. Cir não gostou muito e começou a ficar distante.

Sempre achei que ele estava assim porque eu não tinha conseguido gerar um bebê, pois depois daquilo descobri que meu corpo não tinha essa capacidade, mesmo sendo um ômega são poucos os que conseguem gerar vida até o final.

Eu não era um desse tipo. Nunca fui especial.

Até que um dia uma mulher apareceu em minha porta com um bebê no colo dizendo que era filho do Cir. Nesse dia tivemos uma grande discussão. Ele estava me traindo? Como ele foi capaz?

Ele disse que me amava.

E foi nesse mesmo dia que percebi que meu marido poderia ser um monstro quando ele pegou o bebê recém-nascido e estava pronto para matá-lo, dizendo que ele era um ser inútil, que não serviria para o que ele queria. Então eu entrei na frente do bebê e consegui tirar o menino de suas mãos dizendo que iria criá-lo.

Daí em diante ele começou com as "festas" em nossa casa, pensei em ir até o Supremo e contar toda a situação, a minha situação. Eu me sentia horrível todas as vezes que aquilo acontecia. Aquele não era o homem que eu deixei que me marcasse...

Até que Gulf reapareceu. Eu fiquei feliz ao pensar que talvez poderia sair daquela prisão em que vivia, em que era sufocado. Mas foi tudo uma ilusão da minha parte. Cir ficou pior e começou a me ameaçar dizendo que se eu saísse da linha iria ficar pior para o Zy, o garotinho, filho que ele odiava mais que tudo na vida.

Lembro do meu pequeno tentando ser amigável com o pai, mas nunca dava certo. Dele me perguntado o motivo do pai não gostar dele... Eu me culpo, mas tento protegê-lo.

Todo fim de semana eu o colocava para dormir e o deixava trancado no quarto. Podiam fazer o que quisessem comigo, mas não tocar em meu filho.

Eu vou te tirar dessa, meu amor. Eu pensava todas as vezes, mas não conseguia. Até quando íamos viver naquela situação? Eu sou covarde por não ter coragem de me afastar... De lutar pela vida do meu filho.

Eu ... tenho medo de que ele descubra, mas no dia que ele tentou abusar do Zy eu não aguentei, ataquei-o, mas isso gerou consequências. No outro dia... me lembro como se fosse ontem, quando eles entraram e tentaram atacar meu bebê. Eu consegui salvá-lo.

Eu consegui salvar o meu bebê, mas e a mim? Quem me salvaria?

Queria poder dormir. Poderiam descobrir onde estou... estou na floresta. Sim, estou tão perto... mas ninguém me socorre, ninguém escuta meus gritos.

Eu estou sozinho.

Correntes me prendiam ao teto e me deixavam ajoelhado no chão, meu rosto estava desconfigurado e meu corpo doía. Há quanto tempo estou aqui? Eu perdi as contas dos dias e as esperanças...

Será que acharam meu bebê? Será que ele está se alimentando? Será que está bem?

Eu chorava todos os dias pensando em como ele poderia estar. Hoje recebi a visita do Cir, ele me olha com nojo e se senta em uma cadeira em minha frente.

- Estou de bom humor hoje acredita, amorzinho? - ele diz cantarolando.

- P-por que? - pergunto apreensivo.

- O nosso querido Supremo está morto - ele ri de forma descontrolado e se levanta fazendo carinho em meu rosto e aperta o meu queixo.

- Não! Não... - falo chorando.

- E o Gulf vai logo morrer já que seu Supremo está morto e o que acha que vai acontecer? - ele diz - O caminho vai ficar livre...

- Você é louco! - acuso e ele se afasta e ri.

- Não sou louco, só quero a minha vingança - ele diz e eu juro que tento entender o que ele está falando - Você poderia ficar do meu lado... está aqui há dois meses, quanto tempo mais vai sobreviver? Seu filhinho já está morto e ninguém notou vocês sumiram, nem seu adorado amigo lembrou de você.

Ele diz e as lágrimas rolavam por meu rosto. Tento me mexer e me soltar dali, mas era impossível.

- Desista e morra de vez, assim ficarei livre - ele diz com desdém.

- Me deixe ir... - imploro. Meu bebê está morto? Não... não... eu sei que não está, eu o deixei seguro.

- Me desculpa meu bebê, mas não vou fazer isso - ele diz e dá um soco em meu rosto, o sangue escorre por meus lábios, olho para ele e cuspo nele.

-. Eu... eu tenho nojo de você! - falo e ele ri.

- Você vai morrer... eu vou voltar como a vítima e eles não vão saber de nada.

- Você não vai enganá-los - falo e ele ri, se afasta de mim e sai do galpão.

Preciso sair daqui... preciso encontrar o meu filho. 

🐺🐺🐺🐺🐺🐺🐺🐺🐺🐺
Oieee gente tudo bem com vocês

Como vocês estão ?

Espero que todos gostem do capitulo ate amanhã

Beijos

revisado/betado por sunshine_jmy 

O Supremo E O ômegaOnde histórias criam vida. Descubra agora