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Mew Suppasit

Mew Suppasit

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Devo dizer que hoje está sendo um dia estranho. Ou eu era quem estava nevoso por meu casamento. Estou pirando. Meus diabretes já estão com um ano de idade.

A desculpa do Gulf para enrolar tanto para a cerimônia foi a de que assim poderíamos aproveitar melhor a lua de mel, mas eu realmente desconfio que ele só está com medo de deixar as crianças com Win por duas semanas.

Hoje é o grande dia. Estou me arrumando enquanto o Tharn está sentado bem-comportado e todo fofo, vestido com um terninho e Type tentava pegar o gato que ganhou do Win.

Nego com a cabeça pela ideia louca de dar animais para os meus diabretes.

- Ei, não pode! - repreendo e tiro o gato do Type - Se você se desarrumar, Gulf vai fazer picadinho de mim. Vocês têm de estar perfeitos hoje, então, por favor, não deixem o papai morrer - peço e Type faz bico e cruza os braços emburrado. Eu não ligo tanto e tento limpar os pelos no termo do menino.

- Aê, estão prontos? - Win pergunta quando entra e sorri ao me ver tentando ajeitar o Type.

- Estamos – afirmo.

- Está quase na hora, então vamos logo, papi - Win chama e eu simplesmente desisto de tentar reclamar com ele sobre isso, mas entendo que tenha se apegado a nós de um jeito que nem eu esperava. Sei que vem frequentando um psiquiatra por influência do Gulf, então permito que me chame assim.

- Vamos! - sorrio e caminho até o jardim da minha casa onde seria o casamento.

Não seria nada grande demais, era uma cerimônia só para amigos próximos que realmente eram importantes em nossa vida.

Zy estava todo arrumado em seu terno, se achando o rei da cocada. Mild tinha um sorriso no rosto, ele estava mais feliz ultimamente, e isso me deixa feliz também. Parece que todos aqui viramos uma página em nossas vidas.

Win arruma os gêmeos, cada um do meu lado, enquanto eu entro sorrindo e assim que chegam no altar, ambos se sentam.

- Meninos, lembram que o papai disse para vocês ficarem de pé? - falo suave.

- Canxado - os dois dizem e eu nego com a cabeça. Eram dois sedentários com apenas um ano, nem parece que quebram a casa inteira, o dia todo, e quando têm que ficar quietos, eles inventam essas desculpas.

- Se comportem – advirto-os e eles sorriem sapecas.

Ah, meus diabretes!

Eu tô nervoso... Cadê o meu ômega?

Calma Tharn, você deveria ser calmo como o nosso filhote.

Ele não é calmo, ele é sonso.

É, eu sei...

Olho para a porta de casa que dava acesso ao jardim e vejo meu ômega ali. Ele caminha até mim junto a nossa princesa que segurava sua mão. Ela estava linda naquele vestidinho branco, enquanto Gulf usava um terno parecido com o meu, exceto pela cor. Enquanto o meu era branco com detalhes vermelhos e pequenos desenhos de lobo, o do Gulf era preto com desenhos e detalhes em branco.

Assim que ele chega, seguro sua mão e olhamos para o altar. A cerimônia era feita durante a noite, enquanto a lua estava no ápice de sua resplandecência. Então, à luz do luar, eu beijo a testa do Gulf e Win se aproxima e fica perto de nós.

- Bom, os meus papitos pediram para que eu desse início ao casamento e representasse o amor deles. Bom, eu fiz um cursinho rápido para saber o que falar, mas já esqueci - ele diz e todos ali riram, até os gêmeos que não entendiam nada. Ele continua - O amor é tão lindo quando une duas pessoas de um jeito que não se pode imaginar... Quando vim morar com meu primo, pensei que veria um homem adulto, que não sabe fritar um ovo, vivendo à base de sanduíches, mas o que encontrei foi um homem feliz por ter encontrado sua felicidade. Isso me faz pensar o que o amor pode significar para as pessoas. Pra mim, é algo que pode curar, restaurar o que foi machucado. Não acho que o amor seja como vidro, que quando se quebra, se acaba. Acredito que o amor seja como barro, deve ser moldado e cuidado pra que não se despedace. Pra Mew e Gulf, o conceito de amor pode mudar, mas não de forma radical, mas sutil, sem perder a essência do que cada um é. Um é o Supremo alfa lúpus, e o outro, um ômega lúpus. Tem ideia do quanto isso é poderoso? Eu tenho - ele discursava e percebo que chorava - Eu só a agradecer a vocês por cuidarem de mim e me acolherem como um filho de vocês. Não sei se meu discurso foi bom, mas pelas bençãos da Deusa da Lua, eu vos declaro marido e esposo ou marido e marido, vocês decidem - ele encerra e eu fungo.

Olho para Thanya que segurava nossas alianças e seguro a mão do Gulf.

- Promete nunca soltar a minha mão? - pergunto e ele sorri.

- Sim, meu amor - Gulf assegura e eu coloco o anel em seu dedo, beijando lentamente a sua mão, enquanto ele mantinha um sorriso.

Vejo quando ele pega a outra aliança e sorri para mim.

- Mew, sei que é sempre você que dá grandes discursos maravilhosos, enquanto eu não sou muito bom com isso, mas quando olho a família que construímos, a família que temos, eu sinto que o nosso amor construiu tudo isso. Mew Suppasit, você aceita ficar por toda a eternidade comigo? Com todos nossos diabretes? - ele me pergunta, e eu sou chorão, admito, já estava chorando muito - Com nossos quatro filhos e mais um a caminho? - ele coloca minha mão em sua barriga.

- Você... tá... - tento falar, mas o choro não me deixa continuar.

- Grávido, amor. Vamos ter outro bebê - ele confirma e coloca a aliança em minha mão e eu choro muito, abraçando-o.

- Eu aceito, meu amor – falo, sem conseguir controlar minhas lágrimas e todos os convidados batem palmas, enquanto eu não conseguia soltá-lo, chorando de felicidade e pela sensação de completude. Era maravilhoso.

Minha família está aqui... E eu a amo muito. 

Fim !

revisado/betado - sunshine_jmy 

O Supremo E O ômegaOnde histórias criam vida. Descubra agora