Ele Não É Meu

Longe

Chris Reed

Bato a porta de casa e vejo Leila descendo as escadas com um sorriso irritante em seus lábios, contenho minha raiva, pelo menos por enquanto.

-Você.- espero ela descer.

-Finalmente você criou juízo.- ela começa a se aproximar.- Ontem a noite foi ótima...

-A noite não existiu.- seguro o braço dela.- Você me drogou, Leila.

-Claro que não.- ela acaricia meu rosto.- Você e eu nos entendemos, não lembra?- ela se faz de sonsa.

-Não, Leila, não lembro, por que não aconteceu.- eu começo a arrastar ela para meu escritório.- Agora você vai assinar essa merda.

-Não podemos, Chris.- ela segura meu braço e tenta se soltar.- Chris!

-O que está acontecendo?- minha mãe aparece.

-Leila vai assinar a bosta do divórcio.- abro a porta do escritório.

-Chris, você não entende!- ela fala enquanto a sento na poltrona.

-Leila, assine logo isso.- minha mãe fala calma.

-Eu não vou assinar!- ela levanta.- Chris, transamos sem camisinha.

-Nós não transamos!- eu grito.

-Transamos sim!- ela pega o divórcio da minha mão e joga no chão.- Se forçar o divórcio eu vou até a mídia.- ela fala e eu fico parado.- Por que se eu estiver grávida...você vai se foder bonito, Chris!

-Você planejou tudo.- balanço a cabeça.- Você...

-Se eu estiver grávida e você ainda vier com essa história de divórcio...- ela sorri olhando para mim e para minha mãe.- Eu vou para a mídia.

-Ok, vamos esperar até saber se você está mesmo grávida.- minha mãe começa a negociar.

-E outra.- ela me encara.- Eu não quero mais você saindo com aquela puta.

-Não chame ela de puta.- falo entre dentes.

-Mas ela é, você é casado e ela se jogou para cima de você!- ela balança a cabeça.- Eu quero você longe daquela...

-Ele vai ficar.- minha mãe fala e arregalo os olhos.- Não vai mais se encontrar com ela.

-Não, mas eu não confio só nisso.- Leila sorri.- Eu quero ela longe.

-Vou cuidar disso.- minha mãe toca o peito.- Você não vai mais ouvir falar dela.

-Mãe...

Ela me encara e eu fico calado, respiro fundo e Leila sorri se aproximando, então ela me dá um abraço apertado.

-Estou sentindo que vamos ter um filho.- ela sussurra.- Vamos ser pais.

Fico encarando a parede, falei para Ella que eu ia dar um jeito nisso, falei para Ella que eu iria voltar para ela.

Eu prometi a ela, eu prometi que tudo ia ficar bem, respiro fundo e afasto Leila, não acredito que ela esteja grávida.

Não transamos, eu não lembro, nas não sei até que ponto Leila iria, não sei se ela fez sozinha ou se ela queria ganhar tempo.

-Eu vou preparar seu almoço.- ela acaricia meu braço.

Leila sai do meu escritório e sento na cadeira, passo a mão pelo rosto e né curvo não acreditando no que está acontecendo.

-Eu vou falar com Ella.- minha mãe começa a sair.

-O que você vai fazer?- pergunto.

-Não temos outra opção.- ela balança a cabeça.- Sabe onde Ella gostaria de passar algum tempo?