Medo

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Chris Reed

Estava louco atrás de Ella, Clay não me respondia e o pessoal estava procurando por todo canto, mas eles não estavam achando nada.

Tinham quebrado o localizador que tinha no carro, a última notícia dela foi depois de falar comigo, e eu estava com raiva de mim mesmo sabendo que podia ter evitado...

Estava ficando maluco, pensando que ela podia estar machucada, ou que alguém podia estar fazendo crueldade com ela, não conseguia pensar direito.

A porta da frente bate e ando rapidamente pelo corredor desço as escadas e um áudio de alívio sai da minha garganta quando ela corre na minha direção.

-Puta merda, Ella.- não chego nem no meio da escada antes dela pular em mim.

Meus braços a envolvem com proteção e meu rosto se afunda em seu pescoço, ela passa as pernas pelos meus quadris e me aperta.

Levo uma das mãos até seus cabelos e os acaricio enquanto ela beija meu pescoço levemente, seus lábios estão desesperados pelo toque.

-Onde você estava?- pergunto baixo.

-Eu...- ela suspira.- É difícil.

-Fizeram algo com você? Está bem?

Pergunto enquanto seguro o queixo dela e afasto seu rosto do meu, observo as feições tristes dela e passo meu dedão pela bochecha macia dela.

-Estou, eles não tocaram em mim.- ela alisa uma barba.

-Porra, eu estava morrendo de medo.- começo a levá-la para cima.

-Eu também.- ela volta a me abraçar.

Sorrio com alívio quando ela me agarra de verdade, entramos no quarto e eu a sento na cama, me ajoelho entre as pernas dela.

-Me conte o que aconteceu.- acaricio as laterais da cintura dela.

-É confuso, Chris.- ela acaricia meus cabelos.- Eu acho que meti a gente em enrascada.

-Como assim?- seus dedos são carinhosos em minha nuca.

-O pessoal que me sequestrou...- ela para de acariciar.- É o meu pai.

-É o seu pai?- pergunto confuso.

-Minha mãe nunca contou muito sobre ele, não sabia nada...ele apareceu e veio falando que tinha me visto no aeroporto, naquele dia...

-Seu pai.- me levanto.- Puta merda, Ella.

-Eu sei.- ela morde o lábio.

-O que ele queria?- cruzo os braços.

-Ele queria me dizer que era meu pai.- explica ela.- Que queria jantar com a gente.

-Com a gente?- franzo as sobrancelhas.

-Disso que minha cabeça estava a prêmio, por causa de Leila.- ela me encara séria.- É verdade, não é?

-É.- suspiro sentado ao seu lado.- Sinto muito por arrastar você para isso.

-De acordo com ele, eu estava nisso muito antes, quando nasci.- ela me observa.- Se ele quiser ajudar...

-Vai ser bem vindo, claro.- eu falo distraído.

-Chris.- ela toca minha coxa como sempre.- O que foi?

-Se você é filha dele mesmo, temos um problema, Ella.- a encaro e seus olhos azuis ficam curiosos.

-O que?- ela morde o lábio.

-Quase sempre eles usam as filhas para fazer acordos.- explico.- Se você tiver um acordo...

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