Amizade

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Ella Johnson

Finalmente ia ter um dia civilizado com minha melhor amiga, era tudo que eu queria e tudo que eu precisava para ficar em paz.

Sabia que Daphne não ia mudar o pensamento dela de um dia para o outro, por isso estávamos indo em pequenos passos com relação ao Chris.

Estava com suas sacolas na mão até agora, a primeira era um vestido bem leve que tinha comprado para ir ao trabalho e a segunda era uma blusa de mangas para Chris.

Ele sempre usava as roupas que eu pedia, e também por que sabia que ficava bonito usando as roupas que eu escolhia, então nem reclamava.

-E a Julia?- pergunto.

-Ela está adorando a escola nova.- Daphne explica.- Fica dormindo na casa das amigas... é uma loucura.

-Deve ser mesmo, adolescentes são um perigo para pais.- a observo e ela ri.

-Acho que estou recebendo tudo de desgosto que dei para meus pais.- ela brinca.

-Não fala isso, Julia é um doce.- a defendo.

-É um doce por que você só é a tia legal.- ela balança a cabeça.- Você realmente não entende nada de adolescentes ou crianças.

-Entendo sim.- agora me defendo.

-Ah, qual é, Ella.- ela sorri para mim.- Você é tão mimada quanto uma. Ainda mais agora.

-Isso não quer dizer que eu não sabia cuidar...

-Se eu der um bebê chorão para você, o que vai fazer?- ela pergunta e abro a boca tentando, mas não sai nada.- Viu?

Fico calada e coloco uma das mãos no bolso da jaqueta, eu não esperava que ela falasse isso, não sabia o que Daphne estava tendo comigo.

Engulo em seco e meu celular vibra, pego no bolso de trás e abro a mensagem vendo que é de Brenna e que ela precisa de mim antes do almoço.

-Eu tenho que ir.- digo isso mais aliviada do que queria parecer.- Trabalho.

-Claro, falo com você mais tarde.- ela da um tchauzinho.

Começo a ir na direção do estacionamento e Clay volta a me seguir, diminuo a velocidade e ele fica ao meu lado, não gosto de tratar ele como um segurança mesmo.

-Você ouviu?- pergunto.

-Meio grossa.- ele murmura.

-Eu sei como fazer um bebê parar de chorar.- digo e ele sorri.- Clay!

-Eu sei que sabe.- ele fala calmo.

-Ela falou tão...- balanço o ombros.- Como se duvidasse da minha capacidade.

-Talvez ela só tenha falado e nem percebido o tom.- ele segura a porta para mim.

-Não sei.- comprimo os lábios.- Ela está bem estranha comigo.

-Vocês brigaram, pode ser isso.- Clay pega as chaves.

-Talvez.- coloco os cabelos para trás.- Obrigada.- falo entrando.

Coloco as sacolas ao lado e vejo que mandou outras mensagens, sorrio quando ela começa a reclamar da estagiária que desorganizou toda a organização do começo do desfile.

Acalmo ela e digo que lembro como era e que quando chegar vamos arrumar juntas, ela parece ficar mais calma e eu relaxo no banco de trás.

☘︎

Chris Reed

Abro a porta do carro e vejo Clay esperando grudado no carro, franzo as sobrancelhas e fico com um aperto no peito logo de cara.

Ele Não É Meu Onde histórias criam vida. Descubra agora