Ele Não É Meu

Pegar O Que É Meu

Chris Reed

Viro na cama e tento esquecer a grande catástrofe que foi o jantar de ontem, não sabia nem o que John tinha feito para resolver aquilo.

Só sei que a mãe de Ella estava em um hotel e o pai dela tinha sido levado por G, pelo menos alguém tinha bom senso em fazer isso.

Ouço um barulho e Ella sobe em cima de mim, sorrio contra o travesseiro e ela passa as unhas pelas minhas costas me fazendo arrepiar.

-Bom dia.- ela murmura rouca.

-Bom dia.- falo baixo e ela beija meu ombro.

-Tenho uma surpresa pra você.- ela morde minha orelha.

-Que surpresa?- pergunto colocando a mão para trás e acariciando sua coxa.

Ela sai de cima de mim e me viro, percebo que ainda nem amanheceu direito e ela está na minha frente com uma lingerie azul escura.

-Ella...

-Gostou?- ela da uma voltinha e meu pau lateja respondendo.- Coleção nova.

-Que vai estar no chão em alguns segundos.- me sento segurando o pulso dela.

-Então você gostou.- ela fala rindo enquanto a jogo na cama.

-Gosto mais de você sem elas.- beijo sua barriga e ela ri sentindo cosquinhas.- Como você me acorda assim?

-Senti vontade.- ela sorri maliciosa.

-Eu tenho uma reunião bem cedo.- beijo a coxa dela.

-Podemos começar no banheiro.- ela me observa.

-Ok.- começo a me levantar e o celular dela toca.

Ella bufa e vira de bruços na cama enquanto pega o celular, aproveito para perder um tempinho beijando aquela bunda gostosa dela.

Me curvo segurando sua bunda com as mãos e começo a morder várias vezes, Ella mexe as pernas e sua mão puxa meu cabelo para me afastar.

-Ok, ok, Brenna.- ela suspira.- Eu já entendi...

Subo os beijos pelas costas, sinto o cheiro do sabonete que ela sempre usa, acho que nunca vou cansar de sentir o cheiro desse sabonete.

Só não é melhor que o shampoo, quando chego em seus cabelos beijo sua cabeça e começo a mover os quadris contra os dela, Ella fecha os olhos.

-Eu sei, o fornecedor disse que estava em falta.- Ella treme quando levo uma mão até seu seio e aperto.- Mas....

-Desliga.- sussurro no outro ouvido dela.

-Ok, Brenna, ok.- ela me empurra e senta na cama.- Já estou indo.

-Ah, não.- bufo com raiva.

-Tenho que ir.- ela desliga o celular.- Brenna tá surtando.

-Ela sempre tá surtando.- reviro os olhos.

-Então você entende que eu tenho que estar lá.- ela veste uma calça jeans preta.

-Você deveria dizer para ela que tem vida.- me levanto.- Eu estou de pau duro aqui, Ella.

-Ah, tadinho.- ela veste um suéter verde escuro.- Pensa em mim.- ela se aproxima.- Toma um banho quente.- ela sorri mordendo meu lábio.- Mais tarde eu faço você de sentir melhor.

-Eu vou cobrar.- ele segura meu queixo.

-Vou esperar.- ela se afasta e pega o casaco e a bolsa.- Outro.

Ela corre até mim e sorrio quando me beija, levanto ela do chão e aperto sua cintura com os braços enquanto nos beijamos e ela move os lábios contra os meus.

Posso sentir o coração dela acelerado contra o meu, abaixo minha cabeça e beijo seu pescoço, Ella suspira e beija minha testa enquanto a coloco no chão.

-Tchau.- ela beija minha bochecha e vai embora.

Passo a mão pelos cabelos e começo a entrar no banheiro, estava sentindo algo estranho, talvez fosse só a hora, mas não queria pensar muito nesse sentimento estranho.

Entro na água quente e faço o que Ella disse, não demoro muito para chegar lá e tudo isso me deixa com a mente mais clara, talvez seja só a hora mesmo.

☘︎

Ella Johnson

-Ok, Brenna, calma.- eu começo a ver os papéis.- Não é tão ruim?

-Não é?- ela franze as sobrancelhas.- O fornecedor do cetim não pode entregar o tecido que queremos para o vestido do desfile....

-Podemos encontrar outro fornecedor.- pego outro cartão.- Tem esse...

-Ele só aceita com a encomenda feita pessoalmente.- ela suspira sentando na cadeira.- Estamos perdidas. Temos que tirar o vestido do desfile...

-Não, eu vou lá.- pego minha bolsa e o casaco já cansada.- Já sei quanto precisamos. Não se preocupe.

-Se conseguir isso. Eu vou colocar seu nome bem no comecinho.- ela sorri animada.

-É, sei.- abro a porta do escritório.- Não sorte ou grite com um estagiário. De novo.

Ela revira os olhos e sorrio, corro até o elevador bem a tempo de segurar e vejo que o botão do térreo está apertado, então apenas fico relaxada.

Meus olhos correm do visor do elevador até o homem perto dos botões, franzo as sobrancelhas quando vejo que ele está tenso.

Olho para outro e percebo que já vi ele...arregalo os olhos e viro o rosto para trás de mim, há alguns centímetros está o ruivo do dia em que meu pai me "sequestrou".

-Prazer em revê-la, Srta.Johnson.- ele sorri afastando o blazer e percebo ter uma arma.- Pode nos acompanhar?

-Cara....- suspiro balançando a cabeça.- Meu pai quer falar comigo?.

-Melhor.- o elevador abre e eles não abrem caminho para mim.

Engulo em seco enquanto o elevador fecha e começamos a ir até o subsolo, passo a língua pelos lábios e olho para baixo com muita calma.

-O que é isso, ruivo?- pergunto lentamente.

-Entre no carro de boa intenção, vamos.- o elevador abre.

Ando com os três caras até uma SUV e o ruivo abre a porta para mim, respiro fundo e entro lentamente, percebo que já tem uma pessoa no carro.

-Oi, Ella.- G me observa.

-O que você está fazendo aqui?- pergunto.

-Vim assegurar que você estaria bem.- ele olha para o ruivo que entra no banco do motorista.- Por ir, Mason.

Ele começa a dirigir e meu celular toca, engulo em seco e olho para G, que estende a mão e mexe os dedos pedindo o celular silenciosamente.

Abro a bolsa e vejo que é Daphne, ele então desliga e coloca dentro do blazer, logo saímos da garagem e entramos na rua.

-O que houve?- pergunto.

-Nada demais.- ele respira fundo relaxando o corpo.

-G, eu quero saber...

-Vai saber quando chegarmos onde temos que chegar.- ele me encara e então os olhos verdes brilham.- Não se preocupe, está segura.

-Estou mais segura com Chris.- falo séria e G ri.- Qual é a graça?

-Seu pai me prometeu uma coisa.- ele informa.- Agora é hora de pegar o que ele me prometeu, Ella.