Família?

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Chris Reed

-Baby, acho que você não deveria ir.- encosto na parede do banheiro.

-É um trabalho, Chris, e eu não quero ser privilegiada.- ela fala escovando os dentes.

-Não vai ser privilégio de você realmente tiver um problema.- tento não sorrir para a bunda machucada dela.

-Para com isso Chris!- ela abaixa para cuspir e lavar a boca.

-Desculpa.- sorrio.- Eu estou com pena agora, acho que peguei pesado...

-Claro que não.- ela começa a se aproximar.- Tá doendo, mas não tanto.

-Você nem consegue sentar direito.- observo ela com a minha blusa e a calcinha.

-Isso é psicológico.- ela puxa minha gravata.- Não quero ficar sozinha em casa.

-Mas você pode chamar Daphne...- seguro o queixo dela.

-Daphne está puta comigo.- ela bufa.- Não tenho amigas, só tenho esse trabalho.

-Ok, mas pegue leve.- digo.- E tome cuidado, Ella.

-Você tem que ir agora?- ela faz bico.

-Infelizmente.- beijo seus lábios levemente.- Que tal ir almoçar comigo?

-Vou adorar.- ela passa os braços pelos meus ombros e volta a me beijar.

Tomo cuidado com a bunda dela e passo minhas mãos pelas costas dela, Ella me encosta na parede e fica na ponta dos pés para ter mais apoio.

Seguro o rosto dela acariciando suas bochechas e abro caminho para a língua dela, sinto ela explorar cada canto da minha boca com avidez.

-Chris?- John bate na porta.- Odeio roubar ele, Ella, mas precisamos ir!

-Ok.- eu falo entre beijos.- Tchau, baby.

-Tchau.- ela morde o lábio e eu saio.

Abro a porta e John sorri, eu o ignoro e desço as escadas com ele, vamos até o meu carro e vejo Clay, ainda está com um corte na testa.

-Cuida bem dela agora.- eu aponto.- Da próxima vez eu apago você!

-Sim, senhor.- murmura.

Pego as chaves e entro com John, começo a dirigir e percebo que ele está sorrindo, John sempre foi o brincalhão, ele sempre ri de coisas idiotas, no começo não ligo muito.

Mas ele parecia estar rindo de uma coisa específica, algo me dizia que era em relação a Ella e eu, percebi só agora que nunca tinha apresentado bem os dois.

Esqueci isso quando vejo ele dar outra risadinha, respiro fundo tentando me acalmar mas não dá, espero até dobrar a esquina e perco a paciência.

-O que?- pergunto.

-Você e Ella estão bem.- ele comprime os lábios.- Finalmente encontrou a mulher?

-Depois de Leila...- respiro fundo.- Não quero nem pensar em casamento agora, John.

-Bom...- ele suspira.- Você deveria organizar um jantar na sua casa, pra apresentar ela, melhor do que ficar escondendo.

-Eu sei.- balanço a cabeça.- Eu só não quero que ela fique ouvindo as pessoas julgando.

-Ela vai ouvir muito ainda, Chris.- ele olha para a janela.- É melhor apresentar ela logo.

-Então comece a preparar um jantar, na casa.- peço.- Algo simples, poucos convidados.

Ele Não É Meu Onde histórias criam vida. Descubra agora