Múmia não tão assustadora

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"Cinco devem ir para oeste até a deusa acorrentada

Um deve se perder na terra árida

A trilha a desgraça do Olimpo vai lhes mostrar

Campistas e Caçadoras combinados vão triunfar

A maldição do Titã um suportará

E pelas mãos de um parente um perecerá"

A voz vinha de uma múmia, de sua boca surgia uma névoa verde, as palavras pareciam serpentes envolvendo o meu cérebro. Assim que ela terminou de recitar se sentou em uma pedra e lá ficou, tão imóvel que quase me perguntei se Medusa não estava por ali.



Olhei em volta, todos estavam tão paralisados quanto eu. Até os esqueletos que Nico invocou estavam em guarda esperando por suas ordens. Depois de alguns segundos de pura tensão Quíron resolveu se pronunciar.



- Todos para seus chalés, exceto os conselheiros, estes venham comigo para a casa grande. - O Centauro falou, chamando a atenção de todos. Ele estava muito sério, acredito que por isso todos obedeceram suas ordens.



- Nico, recolha seus esqueletos. - Falei para o moreno pálido. Ele piscou, e apenas com o movimento os esqueletos voltaram sabe Caos para onde. Thalia finalmente voltou a si, direcionou um rápido olhar a Nico e saiu atrás de Quíron.



As caçadoras foram para o chalé de Ártemis após um singelo aceno de cabeça de Zoe, com exceção de Bianca, que ficou ao seu lado e juntas se dirigiram para a casa grande. Nico foi logo atrás se apressando para ficar ao lado de Bianca, que o olhou repreensiva. Por fim só sobrou Grover e eu.



- Temos que levar ela de volta. - O sátiro falou se aproximando, olhava fixamente para o oráculo. Ele não me parecia muito feliz com isso.



- Ela me parece muito confortável aqui. - Comentei dando um leve sorriso. - Já pode ficar para o Halloween, tenho certeza que usar cadáveres verdadeiros vai virar tendência algum dia.



- Cara... - Falou Grover. - Você me dá arrepios as vezes.



- Espero que seja de uma boa forma. - Pisquei para ele, que me olhou envergonhado, o que me fez sorrir. Peguei uma das bandeiras que estavam jogadas ali e posicionei em um lugar estratégico para que meu corpo não encostasse no da múmia em nenhuma parte, já que ainda estava sem camisa. - Você vem, garoto bode?



Grover piscou como se acordasse de um transe e veio na direção da múmia. Erguemos ela, que era mais pesada do que eu imaginava. Mesmo assim começamos a caminhar em direção à casa grande o mais rápido possível. Deixei Grover me guiar pela casa, já que eu não sabia onde aquela velharia ficava.



- Naquele banco. - Grover falou entre dentes. Tínhamos subido umas escadas para chegar aqui, colocamos ela lá. Olhei em volta, ali estava cheio de coisas antigas, algumas espadas retorcidas, escudos e tudo mais que você possa imaginar. Tudo empoeirado e cheio de teias de aranha, um cheiro de mofo se fazia presente.



- Acho melhor descermos. - Falei para Grover, que estava recuperando o fôlego. Ele apenas assentiu e a ultima coisa que vi daquele pequeno e escuro cômodo foi a múmia, que parecia estar me olhando, o que fez um frio percorrer a minha espinha porque tinha certeza que não a tinha deixado daquele jeito.



Descemos para a "sala de reuniões", os conselheiros-chefes estavam sentados, cada um em sua cadeira. As novidades eram Malcon, filho de Atena, que substituía Annabeth, Zoe, que estava sentada na mesa e Bianca em pé logo atrás, e Nico, que ficou entre a cadeira de Thalia e a minha. Me sentei, assim como Grover, que tinha uma cadeira ao lado de Quíron, este tinha a sua ao lado de Dioniso.

O Filho de CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora