A proposta

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Passei o resto da festa conversando e bebendo com Afrodite, só falei com Thalia e Nico quando eles se juntaram em um breve momento. O que foi o suficiente para eu dar uma desculpa e me despedir desaparecendo.

Passei longos três dias me ocupando com tudo que aparecia para evitar encarar os dois semi deuses. Isso incluía ajudar até mesmo Tártaro com seus afazeres mórbidos. E claro não pude esquecer de visitar as irmãs do destino para ouvir uma bela bronca.

Sério, tentar justificar o que fiz com três criaturas bem mais velhas que você e me olhando como se você tivesse cometido um crime, é uma experiência que eu definitivamente não gostaria de ter novamente.

- Percy. - Ouvi meu pai me chamando, o que me fez voltar ao presente. Meus irmãos me encaravam com um sorrisinho, enquanto meu pai mantinha um olhar de preocupação.

- Sim? - O olhei, ajeitando minha postura.

- Ele deve estar pensando nos brinquedinhos mortais dele. - Tártaro disse em tom provocativo.

- Eles não são meus brinquedos. - Lhe lancei um olhar irritado. - E o que eu estava pensando é algo privado. E peço desculpas pai por não estar prestando atenção.

- Certo. - Meu pai me deu um olhar sério, o que era uma aviso para aquilo não se repetir, porém com certeza ele iria conversar comigo depois.

A reunião tinha como objetivo verificar como iríamos ajudar um planeta anão, com uma pequena civilização. Que ficava nos confins de Andrômeda. Era uma civilização nova e estavam começando a dar os primeiros passos para a evolução da sua espécie.

Gaia quis ficar responsável por esse novo povo, junto de Pontos que via um certo potencial neles. Como sempre, eu ajudaria caso fosse solicitado. A reunião terminou e me pai pediu para que só eu ficasse.

Meus irmãos desapareceram em flash de várias cores, suspirei me dirigindo para frente do trono negro do meu pai.

- Percy. - Caos começou. Olhei para o homem negro de terno a minha frente.

- Eu sei, Pai. - Falei colocando as mãos nos bolsos. - Eu ando em falta com minhas obrigações, apesar de ter adiantado uma grande parte nesses três dias. Isso nunca aconteceu e entendo que o Sr. esteja preocupado, mas eu estou bem.

- Hum, você não me parece bem. - Ele se inclinou para frente, como se quisesse me ver melhor. - Você sabe que pode falar comigo, certo?

- Eu agradeço. - Lhe dei um sorriso. - Mas acho que eu tenho que crescer e enfrentar isso sozinho.

- Tudo bem, filho. - Ele disse e ficou de pé colocando a mão no meu ombro. - Eu confio em você.

Eu abracei o meu pai e me teletransportei até o acampamento. Encontrei Nico na praia sozinho, ele encarava o mar e seus pensamentos pareciam estar bem distantes. Ele tinha cortado os cabelos e tinha aderido ao estilo emo.

- É falta de educação observar as outras pessoas sem permissão. - Nico disse olhando para mim.

- Perdão, Sr. - Me aproximei dele. - Dá próxima vez irei perguntar se posso.

- É o mínimo que eu espero. - Sua voz mantinha um tom divertido, o que me fez ficar mais calmo. - O que você tem para mim dizer, Percy?

- O que?

- Desde a festa do Olimpo, você está diferente tanto que sumiu por três dias. - Ele ficou um pouco triste, eu diria que estava magoado e isso partiu meu coração.

- Eu sinto muito, Nico. - Suspirei passando a mão pelos cabelos. - Eu só estou bastante confuso com a nossa situação. Eu não quero magoar nem a você, nem Thalia e nem a mim.

O Filho de CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora