E o disfarce já era.

294 27 7
                                    

Thalia estava tão exausta que caiu no sono. Eu sabia que ela devia estar realmente cansada para dormir em pleno ar, apesar do seu medo de alturas, mas ela não tinha muito com o que se preocupar. Eu a estava segurando e Blackjack parecia saber pois estava voando mais suavemente que o habitual.

Annabeth e eu voávamos juntos, lado a lado.

- Seu pai parece ser legal. - Eu disse a ela. Estava escuro demais para ver sua expressão. Ela olhou para trás, mesmo que a Califórnia estivesse bem atrás de nós agora.

- Eu acho que sim. - Ela falou. - Nós discutimos por tantos anos.

- É, você disse. - Fiz uma careta me lembrando do dia.

- Você acha que eu estava mentindo sobre isso? - Isso soou como um desafio, mas feito sem força, como se ela estivesse perguntando a si mesma.

- Eu não disse que você estava mentindo. É só que... ele parece ser legal. Talvez ele tenha, hum, ficado mais simpático desde a última vez em que você o viu. -

Ela hesitou.

- Eles ainda estão em São Francisco, Percy. Eu não posso viver tão longe do acampamento.

- Então o que você vai fazer agora?

Nós voávamos sobre uma cidade, uma ilha de luzes no meio da escuridão. Ela passou por nós tão rápido que podíamos estar em um avião.

- Eu não sei. - Ela admitiu. - Talvez continue viajando com você e Thalia. Mas obrigada por me resgatar.

- Ei, não foi nada. Estou sempre pronto a salvar donzelas em perigo. - Lhe dei uma piscadela

- Você não acreditou que eu estava morta?

- Nunca. - Ela hesitou. "

- Nem Luke, sabe. Quero dizer... ele não está morto..

Eu a encarei. Não sabia se ela estava desmoronando por causa do estresse ou o quê. Acho que talvez estivesse se sentindo culpada.

- Annabeth, aquela queda foi bem feia. Não há como...

- Ele não está morto. - Ela insistiu. - Eu sei disso. Do mesmo jeito que você sabia sobre mim.

Essa comparação não me fez muito feliz. As cidades estavam passando rapidamente agora, ilhas de luz bem juntas, até que toda a paisagem abaixo era um carpete brilhante. A alvorada estava próxima. O céu oriental estava se tornando cinza. E um pouco acima, um imenso brilho branco e amarelo se estendia à nossa frente, as luzes de Nova Iorque.

- E quanto à velocidade, chefe? - Blackjack se vangloriou. - Ganhamos feno extra no café da manhã ou o quê?

- Você é o cara, Blackjack. - Eu disse. - Er, o cavalo, quero dizer.

- Você não acredita em mim sobre Luke. - Annabeth falou. - Mas nós o veremos de novo. Ele está com problemas, Percy. Ele está sob o feitiço de Cronos.

Não me senti com humor para discutir, apesar disso ter me deixado zangado. Como ela

ainda podia ter sentimentos por aquele canalha? Como ela podia arranjar desculpas para ele? Ele mereceu aquela queda. Ele mereceu... ok, eu vou dizer, ele mereceu morrer. Refleti se Thalia se sentia do mesmo jeito em relação a ele, resolvi conversar com ela depois.

- Ali está. - A voz de Thalia, ela havia acordado. Ela estava apontando na direção de Manhattan, que estava aparecendo rapidamente. - Começou.

- O que começou? - Perguntou Liz. Que até agora observava tudo calada.

Então eu olhei para onde ela estava apontando. Bem acima do edifício Empire State, o Olimpo era sua própria ilha de luz, uma montanha flutuante brilhando com tochas e braseiros, palácios de mármore branco reluzindo no céu matinal.

O Filho de CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora