- O que você faz aqui? - Perguntou Annabeth. Suas feições mostravam um misto de surpresa, curiosidade, incredulidade e vergonha. Achei particularmente fofo como suas bochechas ficavam rosadas e como seus olhos tentavam a todo custo não encarar meu corpo.
- Percy... - Falou Thalia, ficando ao meu lado. Esta apenas me olhava com a mais pura raiva.
- Oi, meu amorzinho. - Falei sorrindo. Eu sabia que ela me mataria mesmo.
- O que está acontecendo aqui? - Annabeth exigiu. – Thalia, por que um primordial está só de toalha no seu chalé?
- É, Thalia. - Me virei para ela. - Por que tem um primordial super gostoso no seu chalé?
- Vista-se, Perseu. - Minha namorada rosnou. Mentalizei um short amarelo queimado e uma blusa branca, bem hétero top, e assim apareceu. E sim, seus pervertidos, também imaginei a cueca.
- Às ordens, minha rainha. – Falei, me sentando na cama. Olhei para Annabeth, que olhava para Thalia esperando uma explicação.
- Anne. - Ela começou lentamente. Parecia escolher as palavras. - Este idiota é meu namorado.
- O que? - A filha de Atena falou, mais alto do que deveria.
- Surpresa! – Falei, balançando as mãos de um jeito teatral.
- Como isso aconteceu?
- Acho bom você sentar. – Falei, batendo a mão na cama. Annabeth sentou ainda desconfiada. Thalia se sentou na minha poltrona de leitura e começou.
- Há alguns anos atrás... - E ai ela contou toda a nossa história. A loira ao meu lado era uma boa ouvinte, apenas ouvia e balançava a cabeça as vezes. Enquanto Thalia contava eu ia reparando em Annabeth, seu cabelo era loiro cacheado e caía até os ombros, sua pele era branca, porém estava bronzeada, seus olhos eram cinzas e sempre parecima estar te avaliando. Ela era linda de fato para uma garota da sua idade. Quando eu estava nessa idade era um caso sério, vivia cheio de espinhas, o que fazia eu ser motivo de piadas para os primordiais. - ... e aí acordei embaixo da árvore, daí para frente você já sabe.
- É muita informação. - Ela falou depois de um tempo. E olhou para mim. - Então o próprio Caos pediu para você treinar a Thalia?
- Sim. - Falei. - Todos os primordiais sabem que vocês passaram por um momento difícil com o meu sobrinho.
- Mas por que você não treina todos nós? - Ela perguntou.
- Assim como tem leis para impedir os deuses de interferir, o mesmo vale para nós primordiais. - Expliquei. – Todavia, como eu nasci depois da criação dessas leis, elas não se aplicam totalmente a mim.
- Entendo. - Ela murmurou. Seus olhos se moveram de um canto a outro. Percebi que ela fazia isso quando estava raciocinando, diferente de Thalia que olhava para um ponto fixo enquanto murmurava coisas.
- Mas eu realmente quero ajudar. - Disse, olhando para a Thalia, que agora resolveu ignorar minha existência. - Hoje visitei alguns primordiais para que me ajudassem a convencer meu pai a me deixar treinar vocês.
- E? - Perguntou Thalia, agora interessada. Acho que esqueceu de me ignorar.
- Eles apoiaram a minha ideia. - Respondi. - Amanhã irei atrás dos outros, mas, mesmo que concordem, a próxima reunião só acontecerá daqui há dois meses.
- É muito tempo, considerando que depois do verão uma grande parte dos campistas irá para casa, inclusive eu. - Disse a loira.
- Então só poderemos começar no próximo verão. - Thalia concordou.
- Isso não quer dizer que precisamos ficar parados. – Falei, me levantando.
- O que você está pensando? - Perguntou Annabeth.
- Thalia e eu podemos fazer o trabalho dos sátiros. - Eu disse.
- Eu topo. – Prontificou-se Thalia. Parecia que sua raiva havia sumido, agradeci mentalmente por isso.
- Quem sabe eu não possa ajudar nas minhas férias de inverno. - Refletiu Annabeth. Concordei com a cabeça. - Por hora acho melhor eu voltar para o meu chalé.
- Eu te levo até a porta. - Thalia se levantou.
- Foi um prazer revê-la, Annabeth. - Falei dando um sorriso simpático. - Da próxima vez espero estar vestido apropriadamente.
- Boa noite. - Ela murmurou se levantando envergonhada e acompanhou Thalia até a saída. Deitei na cama olhando para o teto. Alguns minutos depois Lia voltou.
- Olá, meu amor. - Falei sorrindo e ficando de lado. Apoiei minha cabeça em meu braço.
- Não ache que escapará da punição. - Thalia falou com um sorriso perverso.
- Eu só queria conhecer sua amiga formalmente. - Fale inocente. Thalia me ignorou subindo em cima de mim, sentou bem no Percy Junior. Imaginei que ela fosse me bater, mas na verdade ela me beijou, mas não foi um beijo inocente, foi um beijo cheio de desejo o qual devolvi surpreso.
Thalia se afastou sorrindo safada e me fez levantar, tirando a minha camisa e depois a dela mesma. Ela estava com um sutiã bordado azul escuro, encarei seus peitos hipnotizado.
- Você os quer, Percy? - Perguntou Thalia sussurrando na minha orelha, me fazendo arrepiar.
- Mais que qualquer coisa. - Respondi baixo. Àquela altura eu já estava mais que excitado, desde que comecei a namorar Thalia não fodi com ninguém. Ela não queria e obviamente eu não forçaria, também não iria trai-la.
- Então o que está esperando? - Perguntou. A olhei nos olhos, que transpareciam desejo, então tirei seu sutiã, após anos de prática eu tirava relativamente rápido. Os seios de Thalia eram lindos, seus bicos eram marrons e estavam para fora. Comecei a chupa-los e as vezes os mordia. Thalia gemia baixinho, o que me deixava mais louco. Então do nada ela me afastou.
- Fiz algo de errado? - Perguntei confuso. Thalia tinha um sorriso travesso no rosto.
- Não. – Respondeu, saindo de cima de mim e se deitando.
- Então?
- Ah, apenas bateu um sono, sabe... - Ela falou se cobrindo com o edredom.
- Você não pode estar falando sério. - Falei irritado.
- Boa noite, Percy. – Falou, se virando e “dormindo”, me deixando ali chocado e irritado. Me levantei indo para banheiro para, an... me aliviar. Voltei para cama ainda irritado, eu sabia que ela ainda estava acordada, mesmo ela não se virando. Apenas virei para o outro lado e dormi.
Acordei antes de Thalia. Ainda estava irritado, então saí antes que ela acordasse. Entendam, eu não estaria com raiva se ela não quisesse fazer. Tudo bem, ela que tem que dizer a hora. Estava irritado, pois sabia que ela queria e só não fez para se vingar. Apareci no Palácio de Ananke, provavelmente ela seria a mais difícil de convencer.
Apareci do lado de fora da sua sala, pois sei que ela odiava que entrassem sem ser convidados, e ia entrar, mas ouvi vozes lá dentro.
- Um dia você terá que contar para ele a verdade. - Era a voz de Ananke.
- Nunca! - Esse era meu pai, Caos. - Ele jamais me perdoaria.
- Não foi intencional, ele entenderá. - Rebateu Ananke. E o que eu ouvi depois fez meu mundo desabar.
- Como vou explicar a Percy que o assassino de seus pais ainda está vivo?