CAPÍTULO 13 - PARTE 3

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Nada do que ele dizia me convencia, só me deixava ainda mais irritada.

— Ah é? Então porque ela estava na sua casa tão cedo? Ela por acaso dormiu com você e estava indo embora?

— É claro que não! – ele espantou-se arregalando os olhos. — Ela só foi me pedir pra tocar no aniversário dela com a "Reluz", mas como eu já sei das intenções dela comigo, eu disse que não posso.

— E porque se abraçaram?

— Foi só um abraço de amigos.

Passei a mão sobre minha testa, tentando acreditar em suas justificativas baratas e muito magoada perguntei: — Ela é sua ex noiva, não é?

Ele hesitou um pouco, mas respondeu entre os dentes: — Sim.

— E por que ela te ligou? – eu quis saber com o coração apertado

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— E por que ela te ligou? – eu quis saber com o coração apertado.

— Pelo mesmo motivo que ela foi lá em casa. No telefone eu já tinha dito que não, então ela foi pessoalmente falar comigo.

— Hum... Olha, eu não quero ficar entre vocês e muito menos ser usada pra você esquecê-la.

— Se eu quisesse ficar com ela, eu ficaria com ela e não com você. O que eu tenho que fazer pra te convencer que eu só penso em você, só gosto de você, só quero ficar com você?

— Gabriel, eu...

— Mesmo assim não acredita em mim, não é?

Parecia tão superficial o que ele acabara de dizer, apesar de serem lindas palavras, mas eu sentia que no fundo, ainda existia um sentimento escondido entre ele e sua ex, por isso com o coração em pedaços respondi: — Não quero mais ser sua namorada.

Ele parecia não acreditar no que ouviu e imediatamente protestou: — Só por causa disso?

— Você não me passa segurança o suficiente, para que eu leve esse namoro á diante. – eu disse contendo as lágrimas.

Bastante contrariado, ele tentou se mostrar conformado: — Por mim tudo bem, esse seu ciúme excessivo, é irritante.

— Ciúme???? – me indignei e menti para não dar o braço a torcer. — Não tenho ciúme de você!

— Se não é ciúme, é o que então? – ele se aproximou querendo uma explicação.

— Decepção! – berrei histérica. — Você é dez como amigo, mas como namorado, é zero.

— Tá me dando zero por uma coisa medíocre dessa? Idem pra você! Você é maluca! – ele rebateu revoltado. Nunca o vi assim.

Eu é claro, devolvi no mesmo tom: — E você é indeciso, não sabe o que quer! Não sabe nem manter um compromisso sério.

— Ah é? Eu não sei? E quem teve dois namorados em menos de um mês? - Gabriel disparou nervoso.

Ao ouvir isso segurei minhas lágrimas e conclui com a voz trêmula: — Nunca mais quero falar com você.

— Jura? Tá vendo, temos mais uma coisa em comum, também não quero falar com você nunca mais.

Ele afirmou isso num tom tão magoado, que quase me fez mudar de ideia, mas como eu não queria ficar por baixo, ordenei num tom rude: — Me leva pra casa agora!

— Pede direito, não sou seu empregado. – ele rebateu duramente, afastando-se e deixando para trás todo cavalheirismo compartilhado comigo nos últimos dias.

Respirei fundo e muito contra a minha vontade, pedi me esforçando pra ser educada com ele: — Me leva pra casa, por favor?

Ele sorriu pra mim e com muita ironia disse: — Será um prazer.

No caminho até minha casa, ficamos em silêncio. Nos olhávamos de rabo de olho algumas vezes, mas logo desviávamos o olhar.

Após uns minutinhos que pareciam ser eternos, enfim, chegamos.

Ao abrir o cinto de segurança para sair do carro, o forcei por várias vezes, mas ele não abria por nada, o que me deixou demasiadamente embaraçada.

— Essa coisa tá emperrada. – reclamei.

— É, ele está com defeito, só eu consigo abrir. – respondeu Gabriel com a maior naturalidade, fazendo hora com a minha cara. Com certeza ele estava se divertindo bastante com essa situação.

Amor Entre AmigosOnde histórias criam vida. Descubra agora