CAPÍTULO 30 - PARTE 2

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(Babi na foto)

XXXXX

Babi

Permaneci no meu canto, isolada de todos. Torcia para que a noite mais esperada por mim, acabasse logo.

— Babi... – Tamara parou na minha frente, interrompendo os meus pensamentos. — Por que está aqui sozinha?

"Porque eu quero, oras!" Tive vontade de responder isso, mas preferir zelar por minha bela educação.

— Não estou me sentindo muito bem. – respondi entre os dentes.

Fala sério! Tamara nunca falava comigo, só a convidei para a festa porque ela também faz parte do grupo de jovens da igreja, e se eu não a convidasse, iria pegar mal.

— Ah é? – ela disse com sarcasmo. — E por causa de que não está se sentindo bem?

"Por causa da sua presença!" Ai, que vontade de ser indelicada com essa garota inconveniente!

— Porque não.

— Hum... deixa eu pensar... – ela bateu com o dedo indicador na bochecha. — Brigou com o Gabriel de novo? – ela riu com deboche. — Porque só quando briga com ele, que você fica com essa cara.

— Tamara, namoral, minha vida não interessa á você. Vai caçar seu rumo garota! – me irritei.

— Calma florzinha! – ela voltou a rir com aquela cara irritante. — Você sabia que brigas desgastam qualquer relacionamento? Se não sabia, fique sabendo. Um dia, o Gabriel vai acabar enjoando de você e advinha quem vai estar aqui esperando por ele... – ela apontou para si própria e disse com segurança erguendo a cabeça: — Eu! Então abre os olhos queridinha, ele não vai ficar rastejando atrás de você pra sempre. Feliz aniversário, gracinha! – desejou me dando as costas.

Oi? Eu ouvi isso mesmo? Não tô acreditando...

Gabriel

— E aí, a Reluz pode voltar a contar com você? – Matheus quis saber, me olhando com olhar fixo.

Respirei fundo, soltei forte o ar, cocei a cabeça e respondi meio na dúvida, mas também com uma alegria que não deixei transparecer, afinal a Reluz também faz parte da minha vida.

— Pode sim.

— Obrigado! – ele sorriu ainda super sem graça.

Eu e Matheus parecíamos dois desconhecidos conversando. Nunca imaginei uma situação assim entre nós, porque eu, ele e o Rafael sempre fomos muito amigos e nos conhecemos há anos.

— Não precisa me agradecer como se eu estivesse fazendo um favor.

Eu não sou desse jeito, mas precisava fazer o Matheus sentir seu erro, porque assim, acredito que isso não irá mais se repetir e ele certamente aprenderá a medir suas palavras.

— Agradeço mesmo assim. – ele sorriu e tentou puxar assunto. — Mas e aí, está tudo bem com você?

— Está. Na medida do possível. – respondi não querendo render conversa, pelo menos não hoje.

Com certeza o Rafael contou pra ele sobre os meus problemas. Não me importo com o fato d'ele ter contado, muito pelo contrário, só não estava mesmo a fim de conversar e também queria dar um gelo no Matheus.

— Que bom! Então eu já vou.

— Boa noite! – desejei de forma séria.

— E... Gabriel... – ele se virou pra mim e disse antes de abrir a porta e sair: — Os ensaios continuam acontecendo nos mesmos dias e horários de antes.

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