CAPÍTULO 15 - JÁ QUE NÃO TEM OUTRO JEITO...

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CAPÍTULO 15 - JÁ QUE NÃO TEM OUTRO JEITO...

Eu e o Gabriel, bastante retraídos, descemos do palco sendo observados pelo público. Caímos na real sobre o "micasso" que acabamos de pagar. Só que ao descer, continuamos trocando farpas.

— Pagamos o maior mico e a culpa é sua Gabriel! – acusei irritada.

— Minha? Esqueceu que foi você quem começou? – ele rebateu com a mesma irritação. — Você nos expôs pra todo mundo.

— Fiz isso porque você conseguiu me tirar do sério quando me chamou de imatura.

— É mesmo é? – Gabriel cruzou os braços. — E você ao invés de me provar o contrário, só me mostrou que eu estou certo.

Minha vontade naquele minuto, foi partir pra cima dele, e bater até acabar com aquela cara de convencido. Mas ao contrário disso, me perguntei em voz alta: — Como eu pude aturar uma pessoa como você por tanto tempo?

— Acredite, me faço a mesma pergunta.

— Agora eu sei quem você é na verdade. – lamentei.

— É verdade amor, estamos nos descobrindo.

Gosto demais do Gabriel, e as perguntas que perambulavam na minha cabeça naquele instante, eram: Será que eu não estou exagerando? Estou fazendo tanto estardalhaço por uma coisa tão sem importância como ele mesmo disse? Sinto que estou afastando de mim a melhor pessoa que já passou pela minha vida.

Gabriel

A cada segundo, a Babi me surpreendia. Não esperava que ela fosse expor nosso problema em público. Nunca passei por um constrangimento como esse, mas ainda assim parece que o que eu sinto por ela, só cresce dentro de mim e não diminui como pensei que iria acontecer.

De uma coisa eu pelo menos tenho certeza: Ela é a garota da minha vida. É uma pessoa difícil, mas vale a pena reconquistá-la e recomeçar.

Ainda estávamos no maior embate, quando meu telefone começou a tocar e eu atendi ali mesmo na frente dela, pois tive uma ótima ideia.

— Alô! Oi linda, como você tá meu amor?

Do outro lado da linha, minha mãe estranhou meu modo de falar: — Filho? Por que está falando assim?

— Depois eu te explico querida. – disse carinhosamente. — Daqui á pouco eu chego aí para conversarmos. Beijos, te amo!

Desliguei o celular. Foi notória a carinha de enciumada que ela fez. Eu é claro, não revelei que na verdade era com minha mãe que eu conversava.

Só não esperava que ela tiraria pergunta comigo, o que me animou bastante.

— Depois você diz que não tinha nada a vê. – Babi cruzou os braços emburrada.

Já que ela decidiu ter ataque de ciúmes, resolvi a deixar bem irritadinha.

— Não tinha mesmo, mas agora tem. Algum problema? – provoquei.

— Nenhum, eu não tô nem aí pra você. – desconversou com aquela expressão de dor de cotovelo.

—Não é o que parece.

Ela se estressou e disse: — Você é irritante!

Sorri e rebati: — A Karina me acha atraente.

Foi a gota d'água pra ela ouvir isso. Com a voz muito alterada, ela me detonou:

— Quer saber de uma coisa? Eu me arrependo amargamente de ter terminado com o Leandro, ele é bem mais homem que você!

Tentei não me abalar com isso e rebati friamente: — Então porque não volta com ele?

Amor Entre AmigosOnde histórias criam vida. Descubra agora