CAPÍTULO 13 - PARTE 2

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Gabriel

Eu juro que não entendi essa atitude da Babi. Cara, como ela pode ser tão mente fechada a ponto de armar um escândalo desses?

Depois disso só me restou ir pra casa, bastante envergonhado por sinal, já que a geral que estava ali por perto, reduziu o passo só para fofocar. Aff, eu mereço?

Fiquei um pouco chateado com ela, mas quero esperar passar umas horinhas para tentar acertar as coisas.

Babi

Á noite, após passar o resto do dia pensando nele, fui á sorveteria, meu point preferido, para tentar me distrair, já que esquecê-lo era praticamente impossível.

Estava na fila esperando para ser atendida, e bem na minha frente, estava o Leandro. Ele olhou pra trás e falou comigo ao me ver. Se eu soubesse que ele estaria lá na sorveteria, juro que iria em outro lugar. Não queria encontrá-lo hoje.

— Oi. – ele me cumprimentou com um sorriso ainda um tanto magoado.

— Oi. – cumprimentei num tom sério.

— Está tudo bem com você? – Leandro quis saber visivelmente preocupado comigo.

— Sim. – respondi sorrindo, na tentativa de disfarçar a tristeza.

— Você não me parece bem.

Nos encaramos por alguns segundos, e para minha salvação, meu telefone começou a tocar. Não queria contar pra ele o que havia acontecido.

Peguei meu celular no bolso da calça e vi que era uma chamada do Gabriel. Eu mais do que depressa atendi, mesmo sem ter um pingo de vontade de falar com ele naquele momento.

— O que você quer? – perguntei friamente.

— Temos que conversar. – respondeu.

— Mas eu não quero falar com você.

— Por favor! – Gabriel pediu de modo gentil, completando: — Vem pra fora da sorveteria.

Olhei da porta, o vi parado fora do carro e fui até lá.

— Como sabia que eu estava aqui? – perguntei surpresa, desligando meu telefone.

— Eu só sabia. Tem um tempo pra mim agora? – ele perguntou com cara de coitadinho, tentando se aproximar de mim.

Me desviei dessa investida e meio sem paciência, respondi: — Vamos acabar logo com isso.

Entrei no carro, ele entrou em seguida e fomos para um lugar com pouca movimentação para conversar.

Gabriel estacionou e conversamos dentro do carro mesmo.

— E aí já se acalmou ou ainda está nervosinha? – Gabriel abriu um sorriso, numa tentativa em vão de deixar o ambiente mais leve.

— Dá pra ir direto ao assunto? – pedi deixando claro meu desinteresse naquela conversa: — Tenho mais o que fazer. – cruzei os braços sem dar a mínima.

Ele se aproximou de mim, acariciou uma mecha do meu cabelo que caía sobre meu rosto e falou carinhosamente: — Babi, olha... Você está fazendo uma tempestade com uma coisa tão sem importância, amor.

Por mais que eu quisesse que essa aproximação prosseguisse e terminasse com a nossa reconciliação e um beijo, não consegui controlar a irritação que estava sentindo.

O afastei com um empurrão e disse: — Pra mim, tudo o que passa de um aperto de mãos quando se tem uma namorada é traição.

— Eu não traí você! – Gabriel afirmou aumentando o tom de voz, para logo depois prosseguir num tom mais calmo. — Meu amor, a Karina não significa nada pra mim, e aquele abraço muito menos.



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