Capítulo 22

32 2 1
                                    

Cristian me levou até o quintal do Instituto que tinha algumas crianças brincando entre elas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Cristian me levou até o quintal do Instituto que tinha algumas crianças brincando entre elas... Receosa me aproximei junto à ele, que não soltou minha mão até chegar neles.

O observei as abraçando e elas muito animadas retribuindo... Eu não estava me sentindo muito confortável. Realmente nunca lidei com crianças... Não sei como fazer isso.

— Susan, essa daqui é a Francesca. — disse pegando no colo uma menina de cabelo castanho e cheio de cachos, ela tinha os olhos azuis e um sorriso no rosto ao me olhar.

— Oi... Tia. — ela disse pausadamente. Parecia ter dificuldade em falar... Talvez pela pouca idade que aparentava ter ainda.

— Oi, Francesca. — tentei dar um sorriso gentil.

— A Francesca chegou recentemente. — ele a colocou no chão. — Ela tem só 4 anos e foi abandonada na porta de umas das pessoas que ajuda o Instituto. — disse baixo. — Aquele loirinho ali se chama Salvatore, tem 10 anos e infelizmente está com câncer. — apontou na direção de um garoto que brincava no balanço, o cabelo dele era tão claro e raso. — Essa é a Maria. — uma garotinha próxima à nós. — Aqueles são Giuseppe, Rosa, Angela e Giovanni. — brincavam entre eles. — Essas são as crianças que mais visito e sou mais próximo... Sou o padrinho dos 6. Minha irmã Paola é a madrinha de outros 5 e minha mãe de mais 5.

— Padrinho? Como assim? — perguntei enquanto nos afastavamos das crianças.

— Cada pessoa que entra no Instituto se torna o Padrinho ou Madrinha de alguma criança, ou como no meu caso, de várias crianças. Nós nos tornamos os mais próximos dessas crianças... Entregamos presentes, pagamos as despesas caso for possível. Enfim... Praticamente somos os responsáveis por elas.

— Isso não é muito pra você? Sei lá... Você não tem obrigação de cuidar delas. — nos sentamos em um banco. — O que ganha com isso?

— Ganhamos o amor e o carinho dessas crianças, Susan. Isso já é o suficiente... Chegar aqui, ser recebido com abraços e os sorrisos mais sinceros do mundo é o melhor pagamento que eu poderia ter. — sorriu. — Por outro lado... É muito triste saber que não vou conseguir salvar uma criança. Ou pelo estado dela já estar muito grave, ou pela falta de dinheiro. — seu olhar focou em algo atrás de mim, virei meu rosto para saber o que era. — É o caso do Salvatore. — olhava para o garoto loiro no balanço. — Ele tem só 10 anos... Está com câncer, para ser mais exato leucemia linfocítica aguda em um estado muito avançado. Pode não parecer, mas praticamente tudo nele já está sendo afetado... Os médicos disseram que ele tem apenas no máximo mais 5 meses de vida. — voltei a olhar para Cristian. — Não tinha mais o que fazer quando soubéssemos do câncer... Já era tarde. Com muita dificuldade durante alguns meses ele fazia a quimioterapia. Mas ela não foi o suficiente... Por conta do câncer já estar muito avançado. Ele ficou sem o cabelo durante esse tempo mas já cresceu rápido... Hoje conseguimos pagar alguns medicamentos para tentar atrasar... Atrasar... Bom, você já sabe. Só que parece não estar adiantando de qualquer forma.

SunsetOnde histórias criam vida. Descubra agora