Capítulo 33

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— Minha mãe mandou alguns lanches para você

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Minha mãe mandou alguns lanches para você. — disse me entregando uma cesta pesada.

— Alguns? Pelo peso foram muitos! — ele sorriu.

— Ela gosta de alimentar as pessoas que ama, ué. — balançou os ombros. — Hoje ele está lindo mas chegamos um pouco tarde... Já vai escurecer. — disse se referindo ao pôr-do-sol.

— E aí poderemos ver as estrelas então. — ele concordou.

— Você está bem? — olhou em meus olhos.

— Estou... — não pareceu convencido. — E você? Tudo bem?

— Hm... Tudo. — respondeu. — Sabe que ainda pode contar comigo, não é?

— Eu sei, Cristian... E eu agradeço. Está tudo bem. — falei voltando minha atenção ao céu alaranjado.

— Ok. — sussurrou. — Como andam as coisas na faculdade? Eu tô de passar lá para ver alguns amigos.

— Ah, normal... Ficou um pouco estranho depois que você foi embora. Já que era o que me acompanhava em todos os cantos... Mas nada que eu não pudesse me acostumar. — respondi sem olhá-lo.

— Hm... Entendi. Mas bom, eu não teria ficado tão distante se você não tivesse simplesmente me evitado durante esses meses. — o olhei e ele balançou os ombros. — Mas já entendi que não quer falar sobre... Ok.

— Realmente não queria falar sobre... Ainda não quero. Eu só peço que você entenda... Eu não sou a pessoa certa para você e talvez eu nunca seja. — ele ficou sério enquanto me encarava.

Cristian não disse uma única palavra. Apenas suspirou e abaixou a cabeça. Eu me atentei a olhar apenas para o pôr-do-sol... Ele realmente parecia trazer um pouco de conforto e sossego.

O clima voltou a ficar estranho entre mim e Cristian... Ele voltou a levantar a cabeça para olhar para o céu. Suas mãos em volta dos joelhos e o rosto sério.

— Você... Você quer? — perguntei oferecendo um dos sanduíches da cesta. Quebrando aquele silêncio desconfortável.

— Obrigado. — respondeu pegando o sanduíche da minha mão. — Vai no Instituto mais tarde?

— Acho que não. — minha voz quase não saiu. — Eu... Acho que não posso, pelo menos hoje. — abaixei minha cabeça.

— Eu entendo... Eu vou passar lá e digo que estava ocupada. — tocou meu ombro. — Ele irá entender. — se aproximou e depositou um beijo na minha testa.

— Obrigada. — soltei um sorriso fraco.

— Essa luz do pôr-do-sol te deixa mais bonita. — disse mudando de assunto rapidamente.

— Como assim? — perguntei enquanto ele se afastava novamente.

— A luz do sol, do céu... Alaranjado. — deu uma mordida no lanche e voltou a falar depois de algum tempo. — Quando reflete no seu rosto, nos seus olhos... É como se eu estivesse vendo o pôr-do-sol em você.

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