A lembrança do dia que Eveline se referia na parte que diz que me feriu voltou a minha mente. Pareci reviver aquele dia de novo... Eu fiquei tão furiosa e ao mesmo tempo tão assustada.
Eu estava passando por um dos corredores próximo à entrada do colégio sozinha, quando Eveline surgiu... Na época eu estava com raiva por ter sido rejeitada por Leonardo e ele ter ficado com ela. Ela passou por mim ignorando minha presença mas eu a segui e a puxei pelo braço.
— Qual é o seu problema?! — ela perguntou puxando o braço de volta e me encarando. — Você não dá medo em ninguém com essa carinha de idiota. — me olhou dos pés a cabeça.
— Você é muito invejosa, não é? Ficou com o garoto que eu gosto... — ela revirou os olhos suspirando.
— Isso é pelo meu namorado?! Você tem problemas sérios! — fiquei boquiaberta e descruzei meus braços.
— Namorado?! Eu não acredito que ele possa namorar alguém como você... — me aproximei mais dela.
— Já disse que você não coloca medo em ninguém com essa cara de idiota, Susan. Eu não vou discutir com você por isso... Não é da sua conta mesmo. — ela se virou e então eu a puxei pelo cabelo.
Numa velocidade assustadora Eveline se virou e sua mão foi direto ao meu pescoço. Ela me empurrou contra um dos armários do colégio e eu não contive um gemido de dor pelo impacto. Eu então não sentia mais o chão... Estava chutando o ar tentando escapar de Eveline quando ela começou a me levantar agarrando meu pescoço com força. O corredor estava vazio... A escola parecia completamente vazia! E o pior era que estávamos em um ponto longe do alcance das câmeras.
— Me... Solte... — meus olhos estavam arregalados e o meu rosto vermelho. Quase já estava sem ar...
— Você escolheu um péssimo dia para me encher o saco, Susan. — apertou mais o meu pescoço. — Duvido muito que exista alguém que sentiria sua falta... — ela colocou mais força e eu os meus arranhões no braço dela iam ficando mais fracos.
— Eveline, pare! — era a voz de Leonardo. Ela me soltou imediatamente. Eu cai no chão e passei minhas mãos no pescoço enquanto tossia. — O que você estava fazendo?! — ele se aproximou e me ajudou a levantar.
— Ela... É louca... — eu falei enquanto recuperava o ar.
— Me perdoe por isso, Leonardo. — ela pareceu confusa e encarou as próprias mãos como se não soubesse o que estava fazendo.
— É para a Susan que precisa pedir perdão... — eu me apoiei nele. O meu rosto ainda estava vermelho e o meu pescoço mais ainda. — Você está bem? — me perguntou enquanto Eveline apenas nos olhava.
— Sim... Contarei ao diretor, providências terão que ser tomadas! — eu a encarei e não conseguia esconder o meu espanto.
— Não, Susan. Não conte a ele, por favor. Vá tomar um pouco de ar fresco e água. Falo com você depois. — olhei e apenas assenti com a cabeça passando por Eveline em seguida sem a olhar.
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Sunset
RomanceRica, mimada, egocêntrica e a clássica patricinha do colégio... Essa é Susan Elisa Rossi Carpenter, que aliás, detesta o nome completo. Aos 18 anos concluiu o ensino médio em Theodore Wright, e após desentendimentos com a mãe, Susan volta para seu p...