Capítulo 25

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Eu estava sozinha de novo

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Eu estava sozinha de novo... Eu já me acostumei a ter a companhia dele... Mas posso voltar a me acostumar à ser só.

Eu não quero mais ser uma vadia egoísta. Por isso é melhor que Cristian fique longe... Ele formará uma família e tenho certeza que será um bom pai.

Ainda é uma surpresa que isso esteja realmente acontecendo... Uau.

Ficamos próximos na tentativa de me tornar alguém melhor, na esperança de um dia estar juntos. E de repente Cristian será pai. Eu espero que ele realmente entenda que eu não poderia conviver com isso...

Eu não tenho estruturas para viver nessa situação... Descobri que eu era um lixo de pessoa quando se tratava de crianças, então como eu poderia de repente estar com o filho do Cristian? Como eu iria olhar para aquele bebê e não pensar que antigamente eu poderia odiá-lo? E ele também será filho da Martina!

Eu posso estar sendo vista como uma grande infantil... Mas eu sei que será melhor ele estar com a ex-namorada, cuidando dela e dando aos dois a maior atenção do mundo. Não me cabe no meio disso tudo...

— Consulta amanhã às 14h da tarde. — li a mensagem na tela do meu celular.

Duas semanas atrás Cristian me levou ao um psicólogo... Ele notou que era algo que eu precisava. Meu diagnóstico foi Transtorno Bipolar... Imagine só minha surpresa ao descobrir que eu tinha um problema de saúde mental? Eu avisei aos meus pais por mensagens, eles não demonstraram surpresa. Aliás essa foi a única e a última vez que falei algo com meu pai desde que ele apareceu na minha porta.

Agora preciso ir nas consultas e pelo o que entendi, terei que começar a tomar medicamentos. Eu sempre achei que eu tinha controle de mim mesma... Mas descobri que não. Tenho que fazer acompanhamento e usar remédios para não ter surtos.

Dormir depois daquela conversa não era uma opção... O sono simplesmente não vinha e eu vi o dia nascer. Pensei se eu deveria ir para a faculdade mas eu realmente não queria correr o risco de vê-lo, caso ele fosse... Eu não sei quando ele iria viajar.

Qualquer ânimo que antes eu tivesse para me arrumar tinha desaparecido... Meu rosto estava com olheiras e o máximo que consegui foi tentar esconder um pouco. Hoje eu queria ir ver meu pai e meus irmãos...

Ele ficou surpreso ao me ver... Sua feição estava desanimada e triste. E eu não sabia o motivo...

— Está com algum problema? — sentou-se no sofá à minha frente.

— Não... E você? Parece triste, pai.

— Eu... Bom, Poliana foi para a casa dos pais na França, com Fanny e Fabrízio. — respondeu evidentemente abalado.

— E por que? — franzi a testa.

— Ela foi logo depois que você foi embora daqui, Susan... — sussurrou.

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