Voglio morire! Eu não posso acreditar que estou prestes a chegar na maldita mas bela mansão do meu pai, sendo obrigada a ter que viver com aquela mulherzinha e aqueles pirralhos. Minha mãe vai me pagar um dia por essa maldição!
Fora essa tragédia, é maravilhoso estar na Itália novamente. Amo meu país! Fui para os Estados Unidos aos 8 anos, após a descoberta de traição por parte do meu pai e o divórcio em seguida. Comecei então a viver com minha mãe no país... Vinha apenas passar as férias com ele e sua nova família de vez em quando. Sempre foi um pesadelo ter que viver com Poliana, e meus meio-irmãos... Fanny, que nasceu um ano depois que fui embora e Fabrízio, nascido dois anos depois.
Poliana atualmente tem lá seus 34 anos, mas faz 35 em breve. Conheceu meu pai com 20, quando ele era casado com Carlota, minha mãe. Eles têm 7 anos de diferença nas idades... Não é grande coisa mas nada tira da minha cabeça que meu pai não resistiu ao ver uma moça jovem e que não tinha as marcas de uma gravidez. Não é à toa que eu não quero ser mãe. Imagine só... Ter meu corpo destruído por uma criança. Eles foram amantes durante 4 anos, quando minha mãe descobriu tudo e o divórcio foi pedido. Se casaram no ano seguinte e então tiveram a primeira pirralha. E que nenhum desses três tentem vir com gracinha para cima de mim. Pois estou disposta a fazer da vida deles um inferno enquanto não me acertar com minha mãe.
— Senhorita Carpenter, — o observei a sair do carro, dando a volta para abrir a minha porta. Bloqueei meu celular e o joguei na bolsa. — chegamos. — o motorista me estendeu a mão mas a recusei, saindo logo em seguida, sabe-se lá por onde este ser anda com essas mãos imundas.
— Finalmente. — ouvi a porta do carro ser fechada atrás de mim e comecei a caminhar, subindo os degraus e tocando a campainha da mansão.
— Oh, Susan! — Poliana infelizmente abriu a porta. Sério que o primeiro rosto da família dessa casa que tenho que ver é o dela? — Que bom revê-la. — passei por ela antes que a mesma tentasse me abraçar. — Como foi a viagem? — fechou a porta e se aproximou de mim.
— Onde está meu pai? — perguntei ignorando suas falas.
— Ah... Amauri está na empresa, resolvendo alguns...
— Peça para ele ir até meu quarto quando chegar. — a interrompi e segui subindo as escadas até o andar onde se localiza meu quarto.
— Você não vai querer comer? Posso pedir para te levarem algo! — ouvi sua voz irritante com um tom um pouco mais elevado vindo já do andar de baixo. Não possui nem a classe que deveria ter após ficar milionária com o dinheiro do meu pai...
— Se eu quiser eu mesma peço, Poliana. — voltei e desci alguns degraus para respondê-la. — Agora, deixe-me em paz..
— Claro. Desculpe... — murmurou. — Com licença, Susan. — se virou e caminhou em direção a cozinha.
— Orribile... — voltei a subir para o segundo andar e ir até meu quarto.
Ele continuava do mesmo jeito da última vez que estive aqui. Grande e magnífico. Do meu jeito! Nunca permiti que meu pai deixasse outra pessoa entrar no meu quarto quando eu não estivesse, exceto para as faxineiras.
Depois dessa viagem eu necessito de um banho e de um descanso. Pedirei para alguém organizar minhas coisas ao acordar.
Che l'inferno abbia inizio.
— Susan! — despertei com batidas na minha porta. Era a voz do meu pai. — Abra a porta, por favor. — me levantei ainda zonza pelo sono. Não sei por quanto tempo dormi, mas notei que já era de noite.
— Olá, papai. — falei ao abrir a porta, com um sorriso falso no rosto. — Que bom revê-lo. Não mudou nada desde o ano passado, hein. — dei as costas e voltei a me sentar na minha cama enquanto ele entrava em meu quarto, com seu terno preto impecável e o cabelo já um pouco grisalho arrumado.
— E vejo que você também não mudou nada, Susan. — cruzou os braços e me encarou. — Como foi a viagem?
— Ai! O que isso importa? Já sabe a minha resposta. A mesma coisa de sempre! — revirei os olhos e me levantei, caminhando até a minha bolsa que estava na minha cômoda e retirando meu celular.
— É inacreditável como você realmente não muda! Sempre tão arrogante! — se aproximou e o ignorei, mexendo em meu celular. — Susan! — tomou o celular da minha mão. — Estou falando com você. Tem como parar de agir feito uma criança mimada?!
— Mas que saco, pai! Eu nem cheguei nessa droga de casa direito e você já tem que vir me encher o saco! — passei por ele e voltei a sentar na cama. Foi quando olhei para a porta ainda aberta e vi a pestinha número 2. — O que você está olhando, pirralho?! — ele deu um pulo de susto e se afastou da porta.
— Fabrízio? — meu pai o chamou. Mas ele saiu correndo antes que fosse alcançado. — Tente pelo menos ser gentil com seus irmãos. — me encarou e jogou o meu celular na cama.
— Pra mim eles não passam de duas crianças insuportáveis. Não são meus irmãos. — ele balançou a cabeça negativamente e suspirou. — Poderia me deixar em paz agora?
— Claro, Susan. Depois teremos uma conversa. Eu quero saber o que levou a Carlota a te mandar viver aqui. E, desça para o jantar. — o ignorei novamente e ele saiu do quarto, batendo a porta com força.
— Porcaria de família... — sussurrei e suspirei em seguida.
O que interessa para Amauri Carpenter o que levou a minha mãe me mandar viver com ele? Eles não se falam já fazem anos, no máximo trocam algumas palavras por telefone pra falar sobre mim e minha vida. O que me surpreende é que a linda, sonsa e ex-amante da esposa dele o deixava fazer isso... Tenho certeza que ela deveria morrer de raiva por dentro. Poliana não me engana com aquele jeitinho doce, delicada e inocente. Nunca gostei dela e dos pirralhos... E nunca irei gostar. Apenas tenho que suportar por mais algum tempo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sunset
RomanceRica, mimada, egocêntrica e a clássica patricinha do colégio... Essa é Susan Elisa Rossi Carpenter, que aliás, detesta o nome completo. Aos 18 anos concluiu o ensino médio em Theodore Wright, e após desentendimentos com a mãe, Susan volta para seu p...