— Salvatore! — o chamei empolgada ao vê-lo entrar no meu quarto na cadeira de rodas. — Que bom te ver, meu amor!
Soube que estava no mesmo hospital que Salvatore mas ainda não tínhamos nós visto.
Já se passou uma semana desde que despertei e hoje sai da UTI para um quarto normal. Ainda não me sinto 100% bem... A overdose afetou minha visão. Às vezes vejo as coisas muito embaçadas e com pontos cegos. Minhas mãos estão trêmulas... Mas dizem que isso irá passar com o tempo. E um dos meus rins e fígado estão afetados, mas existia chances de recuperá-los. Eu agradeço muito por essa ser as únicas sequelas que irei levar depois de quase ter morrido.
— Tia... — Cristian deixou a cadeira ao lado da minha cama e se retirou em seguida com um aceno. — Por que você fez isso?
— Porque eu estava muito mal, Salvatore... Eu tenho alguns problemas. A minha cabeça às vezes fica muito confusa, sabe? — ele balançou a cabeça concordando. — E aí... Quando você piorou e teve que ser internado aqui, eu tive crises muito fortes. Eu não sei lidar com perdas... Com a sua perda.
— Mas tia Susan, eu já disse que está tudo bem... Eu não estou triste por morrer. — ele sorriu. — Eu ficaria triste se você morresse!
— É que não é tão fácil não ficar triste, Salvatore... Você é muito especial pra mim. — estendi minha mão e ele a segurou. — Você é um anjinho na minha vida.
— E eu serei um anjinho no céu. — apertou minha mão. — Por favor, tia Susan... Enquanto eu estiver vivo, não me deixe. Não faça isso de novo.
— Eu não vou. Eu prometo que não vou... Ver todas as pessoas que eu amo tão tristes me doeu muito. Eu não quero que isso se repita... Ganhei uma nova chance. — ele sorriu.
— O tio Cris disse que você é uma fênix. — o encarei curiosa. — Eu pedi para ver os desenhos que ele tem no corpo... E aí aquele desenho de fênix ele me explicou o significado e disse que você é como ela.
— A tatuagem na costela direita? — perguntei relembrando de quando a vi pela primeira vez.
— Sim. Essa mesmo... Você renasceu como uma fênix. Mais forte. — sorri encantada por Salvatore.
— Bom... Eu agradeço. — acariciei sua mão. — Como você está?
— Agora me sinto bem vendo você. Antes eu estava muito preocupado... — balançou a cabeça. — Ah, eu queria te dar isso tia. — levantou o cobertor que cobria suas pernas e retirou uma fotografia. — É de quando tiramos fotos no Instituto. Eu quero que fique com essa nossa... Você estava muito linda! — me entregou a fotografia.
— Obrigada. Você também estava lindo, como sempre. — olhei para a foto.
— Disso eu sei... — respondeu. — Ah, tia! Eu tenho uma coisa para te contar...
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Sunset
RomanceRica, mimada, egocêntrica e a clássica patricinha do colégio... Essa é Susan Elisa Rossi Carpenter, que aliás, detesta o nome completo. Aos 18 anos concluiu o ensino médio em Theodore Wright, e após desentendimentos com a mãe, Susan volta para seu p...