Capítulo 11

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— Eu pedi que Cristian fique de olho em você quando ele puder

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Eu pedi que Cristian fique de olho em você quando ele puder... Ele se preocupa com você, Susan. — meu pai disse.

— Eu não preciso de uma babá, pai. — falei séria.

— Será que não precisa mesmo? E não adianta recusar ou fazer escândalo. Cristian não vai ficar te perseguindo em todo canto que for... Mas estará mais próximo de você, ou melhor... Ele irá tentar se aproximar de você por um pedido meu. — bufei e me levantei indignada.

— Isso é sério?! Por acaso eu disse que quero ele próximo à mim? — deu de ombros.

— Prefere que eu contrate um segurança? Ele sim ficaria te acompanhando a cada passo que desse. Você já se mostrou muito irresponsável, Susan... Sai de casa, bebe demais, faz um monte de compras exageradas... Eu não sei o que acontece com você mas sei que não posso mais confiar. Nem eu e nem sua mãe. — mordi meus lábios sentindo a raiva subindo por todo meu corpo.

— Não sou nenhuma irresponsável! — o encarei. — Para de me dizer isso toda hora.

— Então seja responsável! — quase gritou. — Você sabe o que é isso?!

— Sei. — ele riu e balançou a cabeça.

— Não! Você não sabe, Susan! Durante toda sua vida sua única responsabilidade foi ser a melhor nas notas. Mas fora isso... Você nunca soube o que realmente é ter contas para pagar, o que ter dores de cabeça com a falta de dinheiro! Você sempre foi mimada. Quer ser independente mas não é. O dinheiro que tem na sua conta veio de mim... Não do seu esforço.

— É meu por direito.

— Sim... Não estou dizendo que não. Mas você não tem o direito de se gabar dizendo que tem o próprio dinheiro. Afinal, não tem... Você vive no meu teto, você come o que eu compro... Você sempre foi mimada demais. — se aproximou.

— Por acaso quer que eu vá embora?! Quer que eu more em outro lugar? Acha que não sou capaz?! — controlei meu tom de voz enquanto ele continuava a se aproximar.

— Não estou te expulsando... As portas da minha casa sempre estarão abertas para a minha filha. Ela também é sua. Estou tentando conversar com você, Susan... Estou tentando te dizer que o mundo não gira ao seu redor. Estou tentando te mostrar a sua irresponsabilidade, a sua falta de cuidado com as coisas... — disse firme. — Eu te criei para ser a senhora Carpenter, para ser forte... Para ser minha herdeira. Mas você não me mostra que merece qualquer coisa...  — balançou a cabeça negativamente.

— Acho que no fim das contas não sou perfeita. — sorri ironicamente. — Eu posso assumir minhas responsabilidades... Eu posso ser forte. — o encarei. — Não fico mais nessa casa.

— E para onde iria? — franziu a testa. — Você não pode simplesmente ir embora.

— POSSO! — gritei sem controle e paciência. — Eu posso! Eu posso ser tudo! Não preciso de você e nem que me humilhe mais...

— Susan, pelo amor de Deus... — levou a mão até a cabeça. — Não estou te mandando ir embora.

— Mas eu vou! Eu posso me virar sozinha. Afinal, tenho um 1 milhão na minha conta! E pouco me importa se veio de você... Ele agora me pertence. — dei as costas e abri a porta do escritório.

— SUSAN! — berrou e me virei para olhá-lo no mesmo instante. — Para! Eu tô cansado de você sendo tão mimada! Para! Não sabe conversar?!

— Pare você, senhor Amauri. Eu estou indo embora. Vou encontrar qualquer lugar para ficar... Mas não fico mais aqui. — ele suspirou pesadamente com as mãos na cabeça.

— Eu não sei mais o que fazer com você. — sussurrou.

— Não precisa fazer nada. Adeus, pai. — saí do escritório em passos firmes até o andar de cima.

Eu não fico mais aqui... Eu não fico! Eu tô cansada. Sempre estou errada. Sempre sou a idiota! Vou mostrar que posso me virar sozinha. Todos irão ver...

Comecei a fazer minhas malas... Estava mais jogando as roupas dentro delas do que dobrando. Minhas mãos tremiam e eu sentia vontade de chorar de tanta raiva...

Até quando serei o erro?

Fechei minhas malas e desci as escadas o mais rápido que eu conseguia. Infelizmente Cristian ainda estava em casa... E me viu naquele momento.

— Susan? — andou até mim claramente preocupado enquanto eu ainda extremamente nervosa procurava pelas chaves da porta. — O que... Pra onde vai?!

— Susan não faça isso! — era a voz de Poliana surgindo no hall. — Por favor! Seu pai irá ficar tão chateado...

— CALA A BOCA! — gritei me virando na direção dela. — CALA A BOCA! — gritei mais uma vez descontrolada. Ela deu um passo para trás assustada. Cristian me segurou, impedindo que eu avançasse naquela vagabunda.

— Susan, se acalme. — ele disse baixo.

— Fique longe de mim! Eu não preciso de uma babá, tá legal? Seja o que for que meu pai tenha te falado esqueça! — falei voltando minha atenção a porta.

— Deixe que ela vá. — ouvi meu pai. Ele surgiu atrás de Poliana.

— Fique com sua família! Sua perfeita e maravilhosa família! — falei o olhando. — Não vou estar aqui para atrapalhar a alegria de vocês! — meus olhos estavam ficando embaçados enquanto eu tentava segurar meu choro. — Eu odeio você, papai. Odeio você, sua esposa e seus horríveis filhos problemáticos! — ele abaixou a cabeça, Poliana levou as mãos até a boca, assustada. — Eu odeio você! — abri a porta e saí puxando as malas.

— Cuide dela, por favor, Cristian... — pude ouvir meu pai dizendo antes de descer os degraus da entrada da casa.

Joguei as malas no meu carro, já estava prestes a entrar nele se não fosse interrompida por Cristian correndo até mim e me segurando.

— Sai! — tentei o empurrar. — SAI! — gritei.

— Para onde você vai? — colocou a mão na porta do carro. — Está muito nervosa. Não pode sair assim...

— Cuida da sua vida! Me deixe ir! — o olhei e senti as lágrimas descendo por meu rosto. — Eu sou puro erros! Sempre sou errada, não é?! Quero que tudo se dane.

— Eu vou te ajudar, Susan. — segurou minhas mãos.

— Eu já disse pra esquecer tudo o que meu pai te disse! — puxei minhas mãos de volta.

— Vou fazer porque eu quero! — segurou meu rosto e secou minhas lágrimas. — Não quero que faça alguma besteira.

Fechei meus olhos e chorei ainda mais. Botei toda raiva que estava em mim pra fora em forma de lágrimas.

Cristian ficou em silêncio e me abraçou em seguida, acariciando meu cabelo.

— Calma... — sussurrou ainda no abraço.

Retribuí o abraçando mais forte ainda. Eu precisava daquilo agora... Cristian era o que eu mais tinha próximo de um amigo nesse momento.

Ele abriu a porta do passageiro e fez com que eu me sentasse, caminhou até o lado do motorista e tomou as chaves de mim, dirigindo meu carro. Eu fiquei em silêncio, ainda me sentindo trêmula... Cristian dirigia tranquilamente pelas ruas escuras, às vezes desviando o olhar para mim.

— Vou te levar para a casa da minha mãe, está bem? — apenas assenti com a cabeça.

 
— Vou te levar para a casa da minha mãe, está bem? — apenas assenti com a cabeça

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