Capítulo 32

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— Você parece ótima, Susan

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Você parece ótima, Susan. — meu pai disse me olhando dos pés a cabeça.

— Obrigada, pai. Me sinto melhor do que nunca. — sorri. — Eu decidi sair um pouco mais de casa e ir fazer algumas compras... Isso sempre me fez bem.

— É... Eu sei. — pareceu desconfiado. — Como foi a faculdade hoje?

— Bem... Normal como os outros dias. Sabe que para mim isso está sendo moleza... — balancei os ombros.

— Sei muito bem. Você sempre foi uma das melhores no colégio. Eu sabia que não seria diferente na faculdade. — colocou as mãos nos bolsos da calça social. — Seus irmãos infelizmente não estão... Saíram agora a pouco com Poliana. Quer esperar?

— Hmm... Não posso. — olhei para a tela do meu celular vendo o horário. — Eu tenho que ir ver as crianças do Instituto agora.

— Ah, tudo bem, querida. Eu aviso que esteve aqui. — balançou a cabeça afirmativamente.

— Obrigada, pai. Eu comprei algumas coisas para eles. — caminhei até o sofá e peguei algumas sacolas. — São alguns brinquedos e livros.

— Eles irão adorar. — pegou as sacolas das minhas mãos. — Fanny agora se tornou uma leitora nata e o Fabrízio não cansa de brincar o dia inteiro. — disse sorrindo.

— Eu imagino... Os dois são bem ativos. — abri um sorriso pequeno. — Eu vou indo, pai. Até qualquer dia. — beijei sua bochecha rapidamente e me distanciei.

— Até, Susan. Qualquer coisa me liga... — me acompanhou com o olhar até a porta. — Se cuida.

— Até mais. — disse antes de abrir a porta e sair.

Meu plano de parecer bem fisicamente pareceu funcionar hoje. Depois da minha decisão de ontem eu voltei a me arrumar mais, ser mais extrovertida e deixar de lado os problemas que pareciam que estavam estampados na minha cara... Não é por estar "doente" que eu precise parecer doente. Não suportava mais receber aqueles olhares estranhos... É muito melhor ser admirada e elogiada!

Ao chegar no Instituto cumprimentei algumas crianças e fui direto ao quarto de Salvatore. Estava na hora dele tomar alguns medicamentos.

— Salvatore? — o chamei entrando no seu quarto. — Ah, Cristian. Olá. —  o cumprimentei com um beijo rápido no rosto.

— Oi. Tudo bem? — pareceu desanimado.

— Tudo... Algum problema? — olhei para Salvatore que estava deitado. — Ele ainda está dormindo?

— Sim... Acabou de dormir. Vamos conversar lá fora. — pegou meu braço me fazendo o acompanhar até o corredor.

— O que foi? Por que está com essa cara? — perguntei enquanto ele fechava a porta do quarto de Salvatore. — Ele tomou os medicamentos dele antes de dormir?

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