— Você parece ótima, Susan. — meu pai disse me olhando dos pés a cabeça.
— Obrigada, pai. Me sinto melhor do que nunca. — sorri. — Eu decidi sair um pouco mais de casa e ir fazer algumas compras... Isso sempre me fez bem.
— É... Eu sei. — pareceu desconfiado. — Como foi a faculdade hoje?
— Bem... Normal como os outros dias. Sabe que para mim isso está sendo moleza... — balancei os ombros.
— Sei muito bem. Você sempre foi uma das melhores no colégio. Eu sabia que não seria diferente na faculdade. — colocou as mãos nos bolsos da calça social. — Seus irmãos infelizmente não estão... Saíram agora a pouco com Poliana. Quer esperar?
— Hmm... Não posso. — olhei para a tela do meu celular vendo o horário. — Eu tenho que ir ver as crianças do Instituto agora.
— Ah, tudo bem, querida. Eu aviso que esteve aqui. — balançou a cabeça afirmativamente.
— Obrigada, pai. Eu comprei algumas coisas para eles. — caminhei até o sofá e peguei algumas sacolas. — São alguns brinquedos e livros.
— Eles irão adorar. — pegou as sacolas das minhas mãos. — Fanny agora se tornou uma leitora nata e o Fabrízio não cansa de brincar o dia inteiro. — disse sorrindo.
— Eu imagino... Os dois são bem ativos. — abri um sorriso pequeno. — Eu vou indo, pai. Até qualquer dia. — beijei sua bochecha rapidamente e me distanciei.
— Até, Susan. Qualquer coisa me liga... — me acompanhou com o olhar até a porta. — Se cuida.
— Até mais. — disse antes de abrir a porta e sair.
Meu plano de parecer bem fisicamente pareceu funcionar hoje. Depois da minha decisão de ontem eu voltei a me arrumar mais, ser mais extrovertida e deixar de lado os problemas que pareciam que estavam estampados na minha cara... Não é por estar "doente" que eu precise parecer doente. Não suportava mais receber aqueles olhares estranhos... É muito melhor ser admirada e elogiada!
Ao chegar no Instituto cumprimentei algumas crianças e fui direto ao quarto de Salvatore. Estava na hora dele tomar alguns medicamentos.
— Salvatore? — o chamei entrando no seu quarto. — Ah, Cristian. Olá. — o cumprimentei com um beijo rápido no rosto.
— Oi. Tudo bem? — pareceu desanimado.
— Tudo... Algum problema? — olhei para Salvatore que estava deitado. — Ele ainda está dormindo?
— Sim... Acabou de dormir. Vamos conversar lá fora. — pegou meu braço me fazendo o acompanhar até o corredor.
— O que foi? Por que está com essa cara? — perguntei enquanto ele fechava a porta do quarto de Salvatore. — Ele tomou os medicamentos dele antes de dormir?
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Sunset
RomanceRica, mimada, egocêntrica e a clássica patricinha do colégio... Essa é Susan Elisa Rossi Carpenter, que aliás, detesta o nome completo. Aos 18 anos concluiu o ensino médio em Theodore Wright, e após desentendimentos com a mãe, Susan volta para seu p...