Capítulo 39

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— Hm

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Hm... — murmurei colocando a carta no envelope novamente e o enfiando embaixo do meu travesseiro. Eu gostei... Gostei de receber essa carta de Eveline e ver como ela é tão madura. Que bom que minha mãe esqueceu de me mandar essa carta antes, pois eu certamente teria a rasgado e achado uma idiotice.

Eles iram se casar... Que maravilhoso. Eu sabia que Leonardo realmente só tinha olhos para Eveline. Gostaria de revê-los nesse dia tão especial....

O dia ia terminando e recebi as visitas dos meus pais, da Giordana e de Cristian.

Despertei durante a manhã com um susto. Poliana me chamava calmamente tocando meu braço. Assim que a olhei notei que não tinha a intenção de me assustar. Ela ajeitou os travesseiros atrás de mim e me ajudou a ficar sentada na cama.

— Perdão, Susan. Eu não queria acordá-la tão cedo... — sentou-se na beira da cama e abaixou a cabeça.

— Tudo bem... Algum problema? — eu ainda me sentia zonza pelo sono. — Como te deixaram entrar? Ainda não é o horário de visitas. — falei após olhar a hora no relógio do criado-mudo.

— Bom... Nem sabem que estou aqui! Entrei sem que me vissem. — franzi a testa. — Mas não se preocupe! Não é nada grave... Desde que você teve a overdose eu desejo conversar com você... Mas não sabia como. Não sabia a hora certa... Então cheguei a conclusão de que não existe a hora certa.

— Hm... Continue. — pedi curiosa.

— Antes de tudo isso acontecer já tínhamos conversado... Eu sei. Mas acho que não foi o suficiente. Eu não consegui te dizer tudo o que eu queria, Susan. — me olhou. Sua expressão parecia preocupada. — Vou tentar ser rápida antes que alguém perceba a minha presença...

— O que você quer falar comigo? Pode dizer. Estou ouvindo. — ela virou o rosto e suspirou.

— Vou repetir algumas coisas que te disse anteriormente... Repetirei pois mesmo que se lembre, eu nunca vou achar que foi o suficiente. — ela fez uma pausa e suspirou pesadamente. — Eu nunca quis roubar o seu pai de você ou da sua mãe... Talvez não vá entender porque estou tocando nesse assunto agora mas peço que me deixe continuar. — assenti com silêncio. — Durante anos eu carreguei isso de... Ser a amante que destruiu uma família. Durante anos tentei me aproximar de você e fui rejeitada, e sinceramente não tiro esse seu direito. — voltou me olhar. — Quando conheci seu pai, tínhamos algo em comum que nos aproximou. Problemas familiares... É claro que isso não justifica a traição. Na época tinha problemas com um antigo namorado e com meu pai... Meu pai foi outro motivo pelo qual fiquei preocupada com você quando Amauri deixou de te dar atenção para dar aos nossos filhos... Eu vivi isso. Praticamente não tive um pai... E o outro homem que tive na minha vida foi um namorado imbecil. — sorriu ironicamente. — Seu pai me confidenciou os problemas com a Carlota... Ele dizia que o casamento estava péssimo mas tentava continuar por você. A gente se apaixonou... Discutimos muitas vezes por conta do casamento, mas no fundo eu pensava: "Como a menina irá ficar em relação à tudo isso?". Eu contei para Amauri que você sempre iria me odiar. Que eu seria a Rainha Má na sua vida... E que eu não queria continuar ser a amante. Ele também não queria me ter como amante pelo resto da vida... Foi libertador quando sua mãe descobriu. Eu peço desculpas por dizer isso... Foi horrível para vocês, mas pra mim foi a melhor coisa que aconteceu. Eu podia dizer enfim abertamente que eu amava o seu pai... — Poliana parou e parecia segurar as lágrimas. — Eu me senti uma grande vadia por muito tempo, perdoe o termo. Seu pai era minha maior força antes dos nossos filhos, ele era tudo o que eu tinha. Ele era minha única família... Nada, nada, irá justificar toda a traição e tristeza que causamos. Mas o meu amor por ele sempre foi sincero... E o cuidado que eu tinha com você também foi sincero. Eu não queria que você me adorasse, que me considera-se uma outra mãe... Eu só queria evitar o ódio e falhei, e novamente repito que não tiro esse seu direito.

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