Paralisada no mesmo lugar consegui apenas encarar aqueles olhos castanhos. Isso foi uma surpresa pra mim. Eu não estava esperando... Imaginei vê-lo somente daqui um bom tempo ou talvez nem vê-lo mais. Mas de repente Cristian está parado na minha frente.
Com o mesmo sorriso gentil de lado no rosto e aquele cabelo levemente bagunçado. Ele não tinha jeito!
— Eu posso? — se aproximou abrindo os braços lentamente. Apenas consegui balançar a cabeça em forma de sim.
Seus braços apertaram minha cintura me prendendo em um abraço forte. Na hora eu ainda estava sem reação... Um pouco nervosa. Mas aos poucos consegui também o abraçar, passando meus braços por seu pescoço e ficando nas pontas dos pés mesmo que estive de salto. Enterrei minha cabeça no seu pescoço e senti seu perfume... De vez em quando eu ainda o sentia por aí. Fechei meus olhos e não pude conter meu sorriso de felicidade por estar nesse momento. Eu sentia falta desse abraço que sempre foi tão reconfortante.
— É muito bom te ver de novo. — disse baixo ainda me abraçando. — Muito bom. — me apertou com mais força.
— Também é bom te ver... — sussurrei.
Não sei por quanto tempo exatamente ficamos abraçados mas de qualquer forma ainda pareceu pouco. Nos separamos quando ouvimos Paola e Giordana descendo as escadas.
A pergunta que me veio na cabeça agora é se isso foi combinado... Me trazer aqui para vê-lo?
— Antes que pergunte eu juro que não sabia que ele estaria aqui. — Paola disse levantando as mãos.
— Mas eu sabia! — Giordana falou balançando os ombros. — Assim que meu filho disse que estaria chegando eu fiz questão de que você viesse Susan. — se aproximou e segurou minhas mãos.
— Ah... Entendi... — virei meu rosto. — Tudo bem.
— Vamos comer agora e colocar o assunto em dia! — me soltou e passou por mim indo para a cozinha.
Poala seguiu a mãe mas notei seu olhar para Cristian, como se quisesse dizer algo.
— Vem, sente-se. — ele tocou meu braço levemente e caminhou até a mesa de jantar. — Se você se incomodou com isso que minha mãe fez pode falar... Entendo que talvez não quisesse me ver assim, do nada. — me sentei ao seu lado na mesa.
— Não... Imagina. — sorri mas não consegui esconder o desconforto nele. — Mas não deixou de ser uma surpresa. Eu achei que não fosse te ver tão cedo... Quer dizer, — suspirei — não exatamente tão cedo já que fazem três meses. — falei sem olhá-lo, fitando a mesa na nossa frente.
— Entendo... — senti seu olhar no meu rosto. — Eu quis fazer uma surpresa para a minha mãe e a Paola. As duas sempre perguntavam quando eu ia voltar... Quando contei para a minha mãe que de repente estava chegando ela faltou explodir de alegria.
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Sunset
RomanceRica, mimada, egocêntrica e a clássica patricinha do colégio... Essa é Susan Elisa Rossi Carpenter, que aliás, detesta o nome completo. Aos 18 anos concluiu o ensino médio em Theodore Wright, e após desentendimentos com a mãe, Susan volta para seu p...