Capítulo 31

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Dirigindo meu carro como fazia antes, Cristian me deixou no meu apartamento

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Dirigindo meu carro como fazia antes, Cristian me deixou no meu apartamento. Durante o caminho trocamos poucas palavras, querendo ou não entre nós existia uma barreira. Insisti em convidá-lo a entrar e tomar alguma coisa comigo antes de ir para o seu galpão. Quando finalmente parou de recusar subimos e o ofereci um suco. Já que eu não podia nem ter bebidas alcoólicas por aqui.

— Aqui mudou um pouco. — ele disse olhando ao redor enquanto se sentava no sofá.

— É... Eu tentei deixar um pouco mais com minha cara. — me sentei ao seu lado levando meus pés ao sofá.

— Hmm... Funcionou. — me olhou. — Como você está?

— Eu já respondi essa pergunta. — franzi a testa.

— Quero dizer... Como está suas consultas, medicamentos... Seus pais, irmãos? — suspirei profundamente.

— Acho que bem... — respondi sem o olhar. — Toda semana faço a consulta. Tomo meus medicamentos... — tirando o fato de hoje ter os ignorado. — E estou tentando me aproximar dos meus irmãos.

— Hm, que bom. Irá dar tudo certo... Eu queria ter estado com você. Se eu pudesse não teria ido mas você entende, não é? — balancei a cabeça afirmando. — Por que não atendeu minhas ligações ou respondeu minhas mensagens?

— Eu... Eu não sabia como falar com você. — o olhei. — E eu não queria. Não queria que estivesse pensando em mim, ou que eu te atrapalhasse nesse momento da sua vida. Preferi ficar realmente longe em todos os sentidos. — ele abaixou o olhar e colocou o copo vazio na mesa de centro.

— Isso não deu certo, se quer saber. Paola e minha mãe me contavam o que podiam de você. Sempre estive pensando na Elisa... — me olhou com um sorriso de provocação no rosto.

— Um dia irei obrigar que pare de me chamar assim. — arqueei uma sobrancelha. — Mas enfim... Pretende ficar por quanto tempo?

— Eu não sei... Alguns meses. Depende da situação da Martina, caso aconteça algo e ela precise de mim lá.

— Estão juntos eu imagino... — comentei sem pensar. Me arrependendo logo em seguida pela forma como ele me olhou e riu.

— Não! — balançou a cabeça. — Eu acho que já tinha te dito que eu e Martina não damos mais certos juntos. Só sinto amizade e admiração por ela. — engoli em seco.

— Oh... Desculpe. Eu realmente imaginei que estivessem. Pela situação, os meses que ficou por lá... Enfim. — me levantei repentinamente. — Vai voltar a faculdade ou ainda não? — deixei claro que queria trocar de assunto.

— Não... Ainda não. — o ouvi me seguindo até a área da cozinha. — Susan... Não quer falar sobre nós?

— Nós? — os copos escorregam da minha mão ao colocá-los na pia. — Droga... Pelo menos não quebraram. — falei baixo.

— Tudo bem? — o senti bem atrás de mim.

— Tudo... Claro. Tudo. — me virei para olhá-lo. — É... O que você tinha dito mesmo?  — me fez de desentendida.

— Nós. Eu e você... — olhou em meus olhos.

— Não existe eu e você... — respondi. — Já falamos sobre isso antes da sua viagem.

— Como que não existe?! — franziu a testa. — Você quer mesmo fugir disso?

— Não estou fugindo de nada... — lhe dei as costas e apoiei minhas mãos no balcão da pia. Não conseguia mais encará-lo.

— Você sabe que está... — senti suas mãos na minha cintura e fechei meus olhos ao sentir aquele toque. — Eu vejo, sinto, que sente algo por mim, Susan. E eu sinto o mesmo por você. Não foram três meses longe que fizeram isso mudar... — sua respiração estava próxima a minha nuca. — Eu ainda te amo... Mesmo que eu não a tenha.

— Cristian... — não consegui dizer mais nada.

— Não precisa me dizer nada. Eu irei respeitar sua decisão de fugir disso... Não vou te forçar a nada. — disse baixo. Suas mãos apertando minha cintura. — Eu já vou... Se cuida. — beijou meu ombro me causando um arrepio, e me soltou.

Sem me virar para vê-lo ouvi seus passos se distanciando e a porta do meu apartamento sendo aberta e fechada. Suspirei pesadamente com meus olhos ainda fechados... Ele me ama? Como pode?

Acho que nunca irei achar que sou merecedora de ter o Cristian ao meu lado. Ele é simplesmente maravilhoso em tudo!

Imagina como ficaria decepcionado se soubesse que saí, bebi, usei drogas, desmaiei no chão do meu apartamento e não usei meus medicamentos... Talvez ele nunca mais quisesse me ver. Confiou tanto em mim e eu acabei tendo uma recaída. O pior de tudo é que eu não me sinto arrependida de ter feito tais coisas... Foi como me sentir viva de novo. Sem problemas me atormentando... Eu apenas estava em paz.

Mas por outro lado... Cristian também é a minha paz.

Mas eu não posso tê-lo. Eu não quero isso... Nunca levei isso com relacionamentos, tanto que nunca tive um sério. Acabaria que eu não iria saber como agir, o que fazer... Tenho 19 anos e não sei como amar alguém. Talvez ainda não seja a minha hora... Ou quem sabe nunca será.

Ainda mais na situação que o Cristian se encontra... Eu não quero ficar entre ele e o filho. Mesmo que eu esteja perto de crianças agora é muito diferente ser ums madrasta. Tenho medo de acabar fazendo algo errado...

O máximo que pode existir entre mim e Cristian é uma amizade. Com muita atração por ele... Mas amizade. Eu não vou perder o controle nisso também.

Preciso mostrar força e que estou ótima. Sem que ele se preocupe comigo ou pense em tentar algo... Ele não pode me ver com a cabeça longe, lenta e de qualquer jeito. A partir de agora Cristian voltará a ver a antiga Susan, pelo menos a parte boa que era a minha independência.

Eu sei que posso manter o controle... Eu posso.

— Não vou mais ser o motivo de preocupação de ninguém. Ou decepcionar alguém... — falei para mim mesma enquanto me sentava no chão da cozinha. Apoiando minhas costas nas bancadas atrás. — Cristian não merece alguém cheia de problemas como eu na sua vida, que não consegue nem entender o que é o amor. E eu preciso voltar a mostrar que estou bem fisicamente... Parecer uma coitadinha não mais. Acabou.

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