Rica, mimada, egocêntrica e a clássica patricinha do colégio... Essa é Susan Elisa Rossi Carpenter, que aliás, detesta o nome completo. Aos 18 anos concluiu o ensino médio em Theodore Wright, e após desentendimentos com a mãe, Susan volta para seu p...
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Sem dizer nenhuma palavra após sairmos do beijo, Cristian entrou no elevador e foi embora. Não sei quando o verei de novo...
Eu realmente não sou mais a mesma.
— Oi? — falei ao entrar no apartamento novamente e atender o meu celular que tocava.
— Oi, Susan... Que voz triste é essa? — era minha mãe. — Algum problema?
— Estou bem, mãe. — respondi indo me sentar no sofá. — Não se preocupe...
— Hm... — pareceu desconfiada. — Entendi.
— Não deveria estar trabalhando?
— Estou no meu horário de almoço. — respondeu. — Onde você está? Seu pai disse que não estava em casa. — suspirei profundamente. Já estava na hora dela saber a verdade...
— Mãe... Desculpa não ter contado antes mas, não estou morando mais com meu pai.
— Hein?!
— Não estou morando com meu pai. — repeti.
— Como assim, Susan?! Onde você está? — estava quase gritando.
— Estou morando em um apartamento.
— E a quanto tempo?! Como você ou seu pai não me disseram?
— Um pouco mais de um mês... Eu não queria que você soubesse, mãe. Sei muito bem qual seria sua reação...
— Não acredito nisso! Que palhaçada. Você não pode viver sozinha... Você... — parou e suspirou.
— Eu sou uma irresponsável... Pode dizer, mãe. — ela ficou em silêncio. — Eu vou desligar, ok? Não quero conversar e tenho que me arrumar pra minha consulta. Tchau. — desliguei.
Eu definitivamente não me sinto bem. É como se eu estivesse muito cansada... E praticamente não fiz nada.
De pessoa que não se importava com nada para alguém que se importa com tudo.
De irresponsável para alguém que está tentando manter todas as responsabilidades.
De odiar crianças para agora ter que cuidar delas.
Se me contasse isso à algum tempo atrás eu com certeza iria gargalhar por horas. Acharia a maior piada do mundo...
O mundo realmente é surpreendente, não é?
— Eu... Eu sei do que eu preciso. — fechei meus olhos. — Mas eu não posso... Eu não posso. Eu tenho que me controlar.
Saí do apartamento apressada, eu tinha que ocupar minha mente, nem que fosse sentada na recepção do consultório do meu Psicólogo. Eu não quero errar de novo e decepcionar todos... Eu não posso. Todos estão começando à confiar em mim, não posso trair isso.
