[QUARENTA E NOVE: O alvo da adolescência.]

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Olha só eu conseguindo atualizar mais rápido... Espero que gostem, e peço desculpas pelos possíveis erros.

Boa leitura, sunsets ⛅️


[PARK JIMIN]

O frio amenizou um pouco.

Não neva há alguns dias. Não são mais necessários casacos grossos e peludos que quase tocam o chão em comprimento para aguentar o frio.

Um bom casaco reforçado já me aquece o suficiente contra o ar gélido que permanece junto a espessura branca ao céu em um amontado de nuvens que impedem qualquer raio de sol em tocar a superfície, aqui do lado de fora do estúdio.

Para os treinos externos de arco e flecha, não é necessário muita coisa, além de um espaço amplo, aberto, e os acessórios essenciais que ficam junto ao meu corpo, amarrado envolta da minha cintura ou atravessado nas minhas costas. Estes acessórios, aljavas, é o local onde deixo as minhas flechas guardadas, como se fosse uma mochila própria para as hastes que serão utilizadas. Nas minhas costas, ficam as flechas para maior alcance, quando estiver longe do alvo; enquanto a aljava presa na minha cintura, guardam as flechas de menor alcance, em um alvo mais perto.

As aljavas se fixam junto a mim por cintos que se prendem na minha cintura e atravessado nas minhas costas e peito. Também envolvo os meus pulsos e dedos com faixas, que são essenciais para proteger as minhas articulações caso tenha uma luta direta, além de ajudar no impacto da fibra vegetal do arco a cada tirada com a flecha. E, ao redor dos meus dedos, dos quais puxam a fibra junto com a flecha, há uma proteção que há tempos deixou de realmente fazer efeito, tendo em vista os calos que se formaram após as bolhas estouradas na região.

O arco longo semi convexo é segurado com a minha mão esquerda, com o meu braço esquerdo reto em uma linha imaginária paralela ao chão, de uma forma rígida para aguentar a pressão da minha mão direita puxando a ponta oposta - remige, com suas pequenas pequenas - da ponta perfurante da flecha junto a fibra vegetal, sendo a fibra a que demonstra o limítrofe do meu movimento de puxe da flecha. A remige se firma entre os meus dedos indicador e do meio junto com a fibra, trazendo minha mão rente a linha do meu maxilar enquanto o braço direito se dobra com o cotovelo. Dessa forma, ambos os braços se equilibram e direcionam a ponta perfurante da flecha em direção ao alvo.

Meu olhar se cerra até ter o olho esquerdo fechado, criando uma linha imaginária da ponta perfurante da flecha erguida pelo arco, amparado pelos meus braços, com o meu olho direito que permanece aberto e atento guiando a mira dos meus braços. Por alguns instantes há um silêncio ao meu redor, que é apenas quebrado com o chiar de alguns pássaros distantes, e então, eu entro em minha doma de concentração.

Desde o início dos treinos externos, há três semanas, eu percebo a minha postura muito melhor e o alcance em metros da minha flecha se ampliando. Isso se deve ao fato de aprender o quanto a minha concentração é essencial para isso, sendo a minha respiração controlada a minha melhor forma de me manter estabilizado. Como também todo o preparo físico de força muscular e da posição dos meus braços e pernas, que tanto o Hyun se dedicou a me ensinar há três semanas, quando nos encontramos pela primeira vez do lado de fora da sua cela.

Eu tive que passar por muitos treinos contínuos e diários para conseguir erguer o arco dessa forma e, principalmente, erguer o arco com a confiança que eu tenho hoje, no intuito de alcançar a marca mais próxima possível do alvo vermelho exibido em um pequeno ponto no meio de um campo redondo de listras pretas, estas em órbita deste alvo.

O alvo ao fundo do meu campo de visão, poderia ser confundido com o céu esbranquiçado, se não fosse por suas marcações.

O lado bom é que um tempo nublado dessa forma, não faz vento.

[2091] || pjm + jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora