[2091] || pjm + jjk

[TRINTA E CINCO: Silenciosa.]

Eu duvido alguém ler esse capítulo hoje e não dar alguns sorrisos bobos por causa desses dois; eles estão impossíveis ): Boa leitura 🙃

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POV PARK JIMIN.

— Às vezes eu fico pensando em como a gente chegou onde estamos hoje, sabia?

Meu corpo está encaixado no meio das pernas do Jungkook, sentado em um degrau abaixo do dele, porém sendo completamente acolhido com as minhas costas em seu peitoral que me esquentam com o sereno envolvendo nossos corpos ao redor. Os meus braços apoiados em suas coxas ao que nossas mãos se entrelaçam na frente do meu corpo do qual aproveito pra dedilhar sua pele macia ao mesmo tempo que enrugada nas dobras dos dedos.

Continuamos admirando o céu agora estrelado quase engolindo a mansão iluminada artificialmente em nossa frente, depois do melhor Pôr do Sol que eu já vi e senti na minha vida em sua forma mais singela e natural, completamente diferente dos pontos brancos irradiados pelas janelas traseiras da arquitetura clássica. A Lua, por sua vez, parece até que faz de propósito ja que ela se encaixou perfeitamente entre a lateral da Mansão e a vegetação extensa ao nosso redor, não precisando buscar a sua forma celeste arredondada pelo vasto tapete estelar em cima de nós.

— Ah, é? Você pensa o quê? — A sua voz baixa e, consequentemente, rouca do Jungkook invade meu ouvido enquanto seu nariz passeia sem roteiro pela parte de trás do meu cabelo.

— Você quer mesmo saber? — Eu digo com um sorriso estampado em meus lábios e eu sinto seu sorriso atrás da minha cabeça e seu murmuro confirmando minha pergunta, pra que eu continue. — Eu penso que você me pediu pra não gostar de você... — Solto um riso frouxo não conseguindo terminar a frase sendo acompanhado pela risada baixa do Jungkook atrás de mim. — Eu lembro também da primeira vez que te vi na mercearia da senhora Choi, que eu te achei lindo no primeiro momento, depois tive a certeza que você seria o meu ganha pão daquela noite até você quase roubar a minha carne por causa de umas moedinhas na sua carteira...

Os nossos risos se misturam com essas lembranças do começo da nossa história; por alguns instantes eu não consego enxergar com exatidão o que estava em minha frente, não só por causa da minha pálpebra direita ainda machucada, mas também pelo formato que meus olhos formam quando eu rio assim.

— Primeiro de tudo... — Ele diz com a sua voz ainda sendo interferida pelo seu sorriso frouxo que se aproxima mais da minha orelha quando ele inclina um pouco seu tronco junto com o seu rosto se encaixar ao lado do meu. — Eu também te achei lindo, por mais que eu estivesse preocupado com o meu carro. E segundo que não era só uma simples carteira com simples moedinhas, eu não queria que me descobrissem no padrão C... Eu tinha medo que isso atrapalhasse as minhas investigações... Eu sempre fui medroso...

O final da sua fala transparecesse a sua voz um pouco mais triste e eu viro meu rosto pra olhá-lo que continua encarando o nosso horizonte, com a mansão sendo a protagonista do cenário; eu entrelaço nossos dedos, atento à lateral do seu rosto ao que lhe dou breve beijinhos pela sua mandíbula.

— Amor, não fala assim. Você quer conversar melhor sobre o que aconteceu? Eu acho que preciso te contar algumas coisas também.

Eu acompanho seu rosto virar em minha direção e nossos lábios quase se tocarem por causa disso. Sua respiração quente e serena sela meus lábios, ao contrário dos seus lábios que mantém uma certa distância. — Vamos entrar, então. Tá esfriando e você precisa comer de verdade. Além disso você tem medicamentos pra tomar.

Solto o ar pelo nariz, frustrado por não querer me mover daqui nunca mais, simplesmente querendo esquecer tudo ao nosso redor. Volto com a posição de frente com o meu rosto enquanto inclino minha cabeça pra trás, deitando em seu peito quase ombro conforme trago nossas mãos entrelaçadas junto do meu corpo, como se ao mesmo tempo que eu me abraçasse, seus braços também acabam me rodeando e me abraçando. Jungkook prontamente intensifica esse movimento quando realmente seus braços exercem a força de me abraçar, me aconchegando mais contra o seu peitoral, sentindo o calor do seu corpo me envolvendo.